"Queremos saber, com todo o rigor, a situação financeira da câmara para, a partir dos resultados, ajustarmos o trabalho que nos propomos realizar", acrescentou o líder social-democrata..O PSD, no quadro de uma coligação com o CDS, conquistou a 11 de Outubro, com maioria absoluta, a presidência da Câmara de Felgueiras, o que aconteceu pela primeira vez, derrotando Fátima Felgueiras, que liderava a autarquia desde 1995..João Sousa foi o segundo da lista da coligação Nova Esperança, atrás do economista Inácio Ribeiro, o presidente eleito..O líder local do PSD diz esperar agora que o processo de transição de poder decorra com naturalidade, mostrando-se esperançado que a equipa de Fátima Felgueiras não crie dificuldades.."Na noite eleitoral, a senhora presidente aceitou publicamente a derrota com alguma tranquilidade. Queremos que tudo o que vem a seguir seja no mesmo registo e que este processo se faça com normalidade democrática", observou..Os social-democratas esperam que a transição ocorra o mais rapidamente possível, lembrando que quem governou a câmara não deverá presentemente "sentir-se muito confortável no cargo".."Além disso, queremos começar a trabalhar rapidamente em prol do desenvolvimento da nossa terra", acrescentou, prevendo que a posse possa ocorrer até ao final de Outubro..João Sousa admite que a equipa liderada por Inácio Ribeiro vai confrontar-se com "muitas dificuldades", mas assegurou à Lusa que vão ser encontradas "as melhores soluções para enfrentar os problemas e desafios que se colocam ao concelho"..Ainda da noite eleitoral de 11 de Outubro, o social-democrata admite alguma surpresa pelo resultado, não pela vitória, mas pela margem folgada face à candidatura de Fátima Felgueiras.."Tínhamos indicadores que apontavam para a forte possibilidade de ganharmos as eleições, mas, sinceramente, não esperávamos uma votação tão expressiva", anotou..A coligação lidera por Inácio Ribeiro conseguiu 48,65 por centos dos votos e quatro mandatos num executivo de sete. .O Movimento Sempre Presente, de Fátima Felgueiras, teve 25,71 por cento e dois eleitos, perdendo quase metade do eleitorado de 2005. O PS, de Eduardo Bragança, foi a terceira força mais votada, com 18,96 por cento, o que correspondeu à eleição de um vereador, o que já havia acontecido há quatro anos.."A surpresa foi a expressão desta vitória. Estamos muito satisfeitos, porque procurámos de forma incansável, há muitos anos, este resultado", afirmou, enquanto sublinhava que se concretizou "um dos valores máximos da democracia que é alternância".."Foi bom saber que o país adormeceu no domingo espantado com a nossa proeza", disse.