A primeira equipa de pilotos mulheres da companhia aérea do Brunei, Royal Brunei Airlines, fez o seu voo inaugural até à Arábia Saudita. Os meios de comunicação internacionais destacam a escolha de destino para este voo inaugural: o único país do mundo onde as mulheres estão proibidas de conduzir, podendo ser detidas se forem apanhadas ao volante..A equipa, liderada pela capitã Sharifah Czarena Surainy, acompanhada pelas copilotos Nadiah Pg Khashiem e Sariana Nordin, aterrou um Boeing 787 Dreamliner no aeroporto de Jeddah, na Arábia Saudita, no dia 23 de fevereiro. O voo inaugural desta equipa realizou-se no Dia da Independência do Brunei..O marco para a Royal Brunei Airlines, companhia que integrou a sua primeira piloto mulher, Sharifah Czarena, em 2012, tem sido destacado por se tratar de um voo para a Arábia Saudita, onde as três pilotos, que usam o véu muçulmano que cobre o cabelo e o pescoço, o hijab, podem aterrar o avião, mas não podem conduzir um carro..Não existe uma lei concreta na Arábia Saudita que impeça as mulheres de conduzir, mas é uma regra imposta por líderes religiosos conservadores muçulmanos, e as mulheres podem ser detidas se forem apanhadas ao volante. É uma regra amplamente contestada por ativistas, que arriscam prisão ao publicar nas redes sociais fotografias a conduzir..Em 2012, recorda o jornal britânico The Independent, a capitã Sharifah Czarena falava ao jornal Brunei Times sobre a sua contratação pela Royal Brunei Airlines como a primeira mulher piloto da transportadora. "Enquanto mulher, enquanto mulher do Brunei, é um grande feito. Serve para mostrar às raparigas mais novas que seja qual for o seu sonho, conseguem alcançá-lo", afirmou..A Arábia Saudita é o único país do mundo que impede as mulheres de conduzir, e só no ano passado deu às mulheres o direito ao voto e a candidatarem-se a cargos públicos..[artigo:4925999]