O grupo dono da Primark antecipou esta segunda-feira quebras no abastecimento que poderão resultar na interrupção de algumas linhas de produtos do retalhista britânico até ao verão devido à paragem forçada na economia chinesa com a crise do novo coronavírus, o Covid-19.."Caso os atrasos na produção fabril sejam prolongados, o risco de quebras no abastecimento em algumas linhas durante o atual ano financeiro aumenta", comunicou o grupo Associated British Foods (ABF) que detém a marca internacional de pronto-a-vestir, segundo a Reuters. "Estamos a avaliar estratégias de mitigação, incluindo o aumento da produção a partir dos fornecedores que temos noutras regiões", informou..A Primark tem na China 40% dos seus fornecedores e diz estar a procurar alternativas de abastecimento no Bangladesh, Camboja, Vietname, Turquia e nalguns países do leste europeu. Alguns artigos, porém, só podem ser fabricados na China. Caso dos acessórios vendidos pelo retalhista, de acordo com o diretor financeiro do grupo, John Bason..Apesar dos riscos de rutura nos stocks, a primeira metade do ano financeiro não será afetada, afirmou a ABF, já que à semelhança de muitos negócios dependentes de importações da China, foram antecipadas encomendas antes do período anterior ao Ano Novo Lunar, festividades marcadas pela paragem de vários negócios e serviços que este ano calharam em final de janeiro..O grupo britânico também não reviu as expetativas para os resultados financeiros do conjunto do ano. No primeiro semestre do grupo, terminado no final de fevereiro, o ABF estima ter aumentado as vendas comparáveis com o ano anterior em 4,2%. O maior crescimento terá acontecido nas lojas localizadas nos países da Zona Euro, como Portugal, que terão subido em 5,3%..Artigo publicado originariamente no Dinheiro Vivo