Presidentes de Moçambique e das Seicheles querem coordenação na proteção dos oceanos

Maputo, 23 mai 2019 (Lusa) - Os presidentes de Moçambique, Filipe Nyusi, e das Seicheles, Danny Faure, defenderam hoje maior coordenação dos países africanos no combate às ameaças à vida marinha, assinalando que muitas comunidades daquele continente dependem da "economia azul" para a sua sobrevivência.
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Filipe Nyusi e Danny Faure apelaram a uma unidade de esforços de África na luta contra as ameaças ao mar e oceanos, quando falavam na "Conferência Crescendo Azul", que decorre em Maputo sob o lema "Exploração sustentável e compartilhada do oceano".

"África e o mundo devem cooperar no combate a práticas e ameaças nocivas à vida do mar e dos oceanos, porque é uma causa que deve interessar a toda a humanidade", disse o Presidente moçambicano.

Os tráficos de droga e de seres humanos, o despejo de produtos tóxicos e a pesca ilegal são práticas que exigem a cooperação da comunidade internacional, assinalou Filipe Nyusi.

Nesse sentido, prosseguiu, é importante que os países aprofundem a troca de informação e experiências e levem a cabo ações conjuntas.

"O compromisso com a defesa da vida dos oceanos não será eficaz através de ações isoladas, exige uma articulação de vontades e recursos", defendeu.

O chefe de Estado moçambicano disse que a devastação provocada pelos ciclones Idai e Kenneth em Moçambique mostra que a resposta da natureza a ações humanas irresponsáveis é muitas vezes trágica.

Por seu turno, o Presidente das Seicheles assinalou que a preocupação com o futuro da vida dos oceanos não deve ser apenas dos países costeiros, porque os ativos gerados são fundamentais para toda a humanidade.

"Os oceanos são a mais importante reserva de oxigénio no mundo, detém o maior ecossistema e ocupam a maior extensão em termos geográficos, o que faz deles um fator determinante para a sobrevivência dos seres humanos", acrescentou Danny Faure.

Faure exortou todos os países africanos a aderirem às estratégias de defesa da vida marinha, visando uma resposta forte à necessidade de sustentabilidade do mar e dos oceanos.

A "Conferência Crescendo Azul" junta cerca de 500 delegados, incluindo 100 estrangeiros, e tem o objetivo de debater as oportunidades e ameaças aos oceanos.

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