Conte promete uma Itália mais justa, solidária e inclusiva

Solução governativa entre Movimento 5 Estrelas e Partido Democrático em cima da mesa deixa Matteo Salvini de fora.
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O Presidente italiano encarregou formalmente esta quinta-feira o primeiro-ministro demissionário, Giuseppe Conte, de formar um novo governo.

A decisão surge depois de o Movimento 5 Estrelas e o Partido Democrático, que conseguem juntos a maioria parlamentar, terem anunciado disponibilidade para governar em coligação, deixando de fora da equação o partido Liga (de extrema-direita), do antigo ministro do Interior Matteo Salvini.

Giuseppe Conte deslocou-se esta manhã ao Palácio Quirinale, sede da presidência do país, convocado por Mattarella após a realização de duas reuniões para consultas com as forças políticas desde que o primeiro-ministro renunciou em 20 de agosto.

Um porta-voz da presidência anunciou, após uma hora de reunião, que Mattarella "confiou a Conte a formação de um governo" e que ele aceitou "com reservas".

Em declarações aos jornalistas, depois de sair da reunião com o chefe do Estado italiano, Conte prometeu formar um Executivo que "não seja contra ninguém" e que "seja a favor dos cidadãos, para modernizar o país e tornar a nossa nação ainda mais justa, solidária e inclusiva".

Os partidos Movimento 5 Estrelas (M5E, antissistema) e Democrático (PD, centro-esquerda) anunciaram quarta-feira um acordo para a formação de um novo executivo em Itália.

O Partido Democrático informou que transmitiu ao presidente italiano disponibilidade para governar em coligação com o partido Movimento 5 Estrelas, num executivo liderado por Giuseppe Conte.

O secretário nacional do PD, Nicola Zingaretti, fez o anúncio após ser recebido pelo Presidente Mattarella, no âmbito da segunda ronda de consultas para encontrar uma solução governativa, após a dissolução da coligação governamental entre o M5S e o Partido Liga (extrema-direita) de Matteo Salvini.

A ideia de uma nova coligação, desta vez com o PD, foi lançada pelo antigo primeiro-ministro Matteo Renzi (2013-2016), que apelou para uma compatibilização dos programas dos dois partidos, sobretudo nas áreas económica e social.

Segundo o sistema parlamentar italiano, Conte deve agora nos próximos dias submeter à aprovação do Presidente uma lista dos nomes indicados para ministros e obter a confiança das duas câmaras do Parlamento italiano.

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