Presidente faz criticas a Netanyahu e convida-o para formar governo
Benjamin Netanyahu foi ontem convidado a formar governo pelo presidente israelita que aproveitou a cerimónia em causa para criticar as declarações feitas pelo primeiro-ministro na véspera das eleições. O líder do Likud (direita), que tem agora 42 dias - 28 e mais 14, caso falhe a primeira tentativa - para apresentar a nova equipa ao chefe de Estado, já começou a fazer convites: a pasta das Finanças vai para o líder do Kulanu.
"A alta afluência às urnas é uma bênção para a democracia. Aquele que teme os votos nas urnas, acabará com pedras a serem atiradas nas ruas", disse Rivlin numa alusão ao apelo ao voto na véspera das eleições porque os "árabes estavam a votar em manada".
Rivlin, que recebera os resultados oficiais finais das eleições, adiantou aos presentes que, depois das consultas realizadas durante a última semana, concede autoridade ao "candidato que foi recomendado pela maioria dos membros do Knesset para formar governo".
Netanyahu foi o nome indicado por seis dos dez partidos que integram o Knesset. Na prática, isso significa que o líder do Likud conta com o apoio de 67 deputados, num total de 120 que formam o hemiciclo. A saber, 30 do Likud, mais 10 do partido Kulanu (centro), e ainda sete do Shas (ultra-ortodox), seis do Judaismo Unificado da Torah, oito da Casa Judaica (extrema-direita) e mais seis do Yisrael Beiteinu, também de extrema-direita.