O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), que foi o que mais vezes parou os aviões da TAP em 2014 para contestar a privatização, decidiu abandonar a UGT e ser independente sem "receio de perder força"..Em declarações à Lusa, a presidente do SNPVAC, Luciana Passo, explicou que a decisão foi tomada por 84% dos associados em referendo e confirmada em assembleia geral na segunda-feira, o que é "bastante representativo" da vontade de sair da UGT, explicando que se acentuou nos últimos tempos, na sequência de cartas "desagradáveis" da central sindical.."A partir de agora seremos um sindicato independente e não temos qualquer receio de perder força", declarou..De acordo com a dirigente sindical, "há muitos anos" que as relações com a central sindical se vinham deteriorando, o que se agudizou quando as contestações dos tripulantes de cabine à decisão do Governo de relançar a privatização da TAP subiram de tom..Luciana Passo considerou que integrar a UGT "não trazia quaisquer vantagens" ao SNPVAC..Em outubro, os associados do sindicato -- na altura ainda com outra direção -- sentiram falta de solidariedade da central sindical, o que intensificou a vontade de sair. A UGT respondeu com "cartas desagradáveis que insultaram uma classe inteira", acrescentou a dirigente sindical, escusando-se a revelar o seu conteúdo das mesmas..O SNPVAC foi um dos três sindicatos (com o SITAVA e o SINTAC) que se recusou a assinar o memorando de entendimento com o Governo -- para a criação de um grupo de trabalho - e a desconvocar uma greve de quatro dias entre o Natal e o Ano Novo..Entre os sindicatos signatários estavam três sindicatos filiados na UGT, o que levou a central sindical liderada por Carlos Silva a recusar apoiar a posição dos tripulantes de cabine.