Presidente do Mónaco detido por suspeitas de corrupção e tráfico de influências
O russo Dmitry Rybolovlev, dono do Mónaco, foi esta terça-feira detido em Monte Carlos, segundo o jornal francês Le Monde, por suspeitas de corrupção e tráfico de influências.
Rybolovlev, de 51 anos, foi colocado sob custódia das autoridades horas antes do jogo da equipa monegasca e o Club Brugge, para a Liga dos Campeões.
Segundo o jornal francês, um juiz monegasco ordenou a detenção do milionário russo e buscas ao apartamento, no âmbito de uma investigação por crimes de corrupção e tráfico de influências em negócios ligados ao mundo da arte.
Rybolovlev é um conhecido colecionador de arte e detentor de alguns dos quadros mais caros do mundo.
O caso já foi batizado como Monacogate. Um caso em que o magnata russo terá recorrido a uma advogada russa para tentar influenciar as instâncias judiciais do Principado num outro processo que opõe Rybolovlev ao empresário suíço Yves Bouvier. Ora, segundo o jornal francês, as autoridades descobriram, no telemóvel da tal advogada, mensagens que revelam a relação entre Rybolovlev e o antigo responsável dos serviços judiciais do Mónaco, Philippe Narmino, incluindo a oferta de jantares, presentes e viagens.
Na segunda-feira, o Mónaco também esteve em foco nas notícias devido a uma publicação do Football Leaks que denunciou que o clube usou um esquema financeiro, com recurso a sociedades localizadas em paraísos fiscais, para encobrir injeções de dinheiro de Rybolovlev sem infringir o equilíbrio financeiro imposto pela UEFA.
Entretanto, o advogado de Rybolovlev já reagiu à agência de notícias francesa AFP, confirmando a detenção do seu cliente, lamentando a violação do sigilo da investigação e pediu o respeito pela presunção de inocência do bilionário russo.