Presidente destituído, sucessor já foi nomeado
Manuel Zelaya, que foi levado à força para a Costa Rica por militares do exército das Honduras, será substituído pelo presidente do Parlamento hondurenho, Roberto Micheletti.
O Parlamento decidiu destituir Manuel Zelaya depois de uma comissão especial por si ter indicado várias violações constitucionais do Presidente, que queria realizar hoje um referendo popular sobre a reforma da actual Constituição.
O referendo não chegou a realizar-se por Manuel Zelaya foi alvo de um golpe por parte de militares do exército e levado para a Costa Rica.
O golpe militar já foi condenado pela comunidade internacional, nomeadamente pela Organização dos Estados Americanos (OEA), que se reuniu hoje com carácter extraordinário para exigir o reestabelecimento da ordem democrática no país.
O secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, considerou que as Honduras enfrentam uma "situação extremamente grave, porque houve "uma alteração da ordem constitucional", e referiu que Manuel Zelaya está na Costa Rica, mas não pediu asilo político.
Perante crises políticas como a que as Honduras enfrentam, o papel da OEA é promover a normalização da democracia.
Chávez põe militares em alerta e ameaça com acção militar
O Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, colocou os militares do seu país em alerta e ameaçou com uma acção militar nas Honduras caso o embaixador venezuelano no país seja agredido ou fique ferido.
Chávez falava no rescaldo do golpe de Estado nas Honduras, no qual os militares hondurenhos expulsaram para a Costa Rica o Presidente do país, Manuel Zelaya, aliado e protegido do líder venezuelano.
Citado pela Reuters, o Supremo Tribunal das Honduras indicou que pediu aos militares para deporem Zelaya, uma vez que este tinha organizado um referendo ilegal para alterar a Constituição e para poder recandidatar-se à presidência por mais quatro anos.