"Se era necessário um mártir, ele está aqui, sou eu, Carlos Ramalho", disse esta tarde, em conferência de imprensa, o presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros, Carlos Ramalho, numa reação ao anúncio do Ministério da Saúde de que devem ser atribuídas faltas injustificadas aos enfermeiros que façam greve..O objetivo deste protesto em frente à residência do Presidente da República é forçar o retomar das negociações com o Governo..O presidente do Sindepor (Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal) anunciou que "a luta continua" e decidiu iniciar a greve de fome em frente ao Palácio de Belém, a partir do meio-dia de quarta-feira..Já a Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) pediu esta terça-feira que a greve fosse suspensa de imediato, face às ameaças de marcação de faltas injustificadas a quem adere à paralisação..O esclarecimento do Ministério da Saúde surgiu depois de a Procuradoria-Geral da República ter considerado a greve dos enfermeiros "ilícita", num parecer referente à primeira greve dos enfermeiros nos blocos operatórios, entre 22 de novembro e 31 de dezembro.