"Trago a ideia de reforçar ainda mais a cooperação política, os laços políticos entre Cabo Verde e Timor-Leste", afirmou à agência Lusa o Presidente de Cabo Verde, momentos após ter aterrado em Díli no aeroporto internacional Nicolau Lobato. .Segundo o chefe de Estado cabo-verdiano, ambos os países fazem parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), "que criou enormes possibilidades de cooperação entre Cabo Verde e Timor-Leste desde as áreas da energia, da reforma da administração, das tecnologias de informação e comunicação, do ensino superior e da agricultura".."Espero que esta visita cimente essas relações políticas, que são um pressuposto muito forte para que a cooperação possa desenvolver-se e ampliar-se a todos os níveis", acrescentou..Jorge Carlos Fonseca foi recebido no aeroporto Nicolau Lobato pelo chefe da Casa Civil da Presidência timorense, Fidélis Magalhães, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, José Luís Guterres, e pela embaixadora de Timor-Leste em Portugal, Natália Carrascalão..Durante a sua estada em Timor-Leste, o Presidente de Cabo Verde vai participar quarta-feira, em Same, nas cerimónias do centenário da revolta do Manufahi e no 37º aniversário da proclamação unilateral da independência do país..Na quinta-feira, início da visita de Estado, Jorge Carlos Fonseca terá um encontro com o Presidente de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, seguido de uma conferência de imprensa..Na agenda da visita, que termina sábado, consta ainda um encontro com o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, bem como com o presidente do parlamento nacional, Vicente Guterres..Na primeira visita oficial de um chefe de Estado cabo-verdiano a Timor-Leste, Jorge Carlos Fonseca é acompanhado por uma pequena delegação, que integra conselheiros da Presidência da República e altos funcionários do Ministério das Relações Exteriores.."Creio que tive esse privilégio de ser o primeiro chefe de Estado de Cabo Verde a fazer uma visita oficial a Timor-Leste, que é um país, que apesar de estar geograficamente a uma grande distância, é muito próximo de nós pelo passado de história, de partilha de valores e também da língua", disse..Jorge Carlos Fonseca, que já tinha estado em Timor-Leste em 2000 e 2001 para participar no processo constituinte do país, disse também que a viagem é uma oportunidade para "encontrar grandes amigos".