O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enalteceu o legado do cantor e compositor brasileiro João Gilberto, que morreu hoje aos 88 anos, recordando a "revolução musical" que desencadeou.."Quem viveu essa época, e mesmo quem não a viveu, não esquece a novidade de João Gilberto, nem o seu legado", escreveu o Presidente português, numa nota na página da Presidência da República..No texto de homenagem, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que o "cantor e compositor baiano que se instalou no Rio de Janeiro desencadeou uma revolução musical quando gravou, em 1958, Chega de Saudade e Desafinado".."A Bossa Nova, alegre e melancólica ao mesmo tempo, nasceu de uma vontade de, como disse João Gilberto, tirar os excessos, seguir o curso natural das coisas, dar as notas de modo a não prejudicar a poesia", lê-se, no texto..O chefe de Estado assinalou que ao lado de João Gilberto esteve "toda uma geração de artistas excecionais, como Tom Jobim ou Vinicius de Moraes", enquanto "inúmeros outros seguiram o caminho que ele desbravou, em 13 álbuns de originais, discos ao vivo, concertos e colaborações".."Uma voz baixa, um violão, uma batida e um sentimento poético-melódico ímpar deram à música popular brasileira um sucesso e um reconhecimento inéditos, concorrendo mesmo, na Europa e nos Estados Unidos, com os êxitos anglo-americanos das décadas do pós-guerra", disse..O cantor e compositor brasileiro João Gilberto, considerado um dos pais da Bossa Nova, morreu hoje no Rio de Janeiro, aos 88 anos, informou um dos filhos do artista, citado pelos media brasileiros..O álbum que marcou o início da Bossa Nova, Chega de saudade, foi composto por Tom Jobim (1927-1994) e Vinícius de Moraes (1913-1980). João Gilberto deu voz à versão mais conhecida da música, lançada em agosto de 1958..Em 1961, o cantor e compositor concluiu a trilogia de álbuns que, de acordo com o portal da Globo, "apresentaram a Bossa Nova ao mundo": Chega de saudade (1959), O amor, o sorriso e a flor (1960) e João Gilberto (1961).