Presidente da Fox News negoceia saída do canal

Roger Ailes, o presidente da Fox News, está em negociações para deixar o cargo que atualmente exerce na estação de televisão, depois de terem sido tornadas públicas as acusações de assédio sexual a uma pivô
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O atual presidente da Fox News, Roger Ailes, e a 21st Century Fox - dona do canal televisivo - estão em negociações para a saída do executivo que ajudou a construir a empresa.

O caso surge no seguimento da acusação de assédio sexual de Ailes a Gretchen Carlson, antiga pivô do canal, que foi tornado público no início do mês de julho. A alegada vítima de assédio negou sempre envolver-se com Ailes - durante os onze anos que trabalhou no canal - e, segundo Carlson, a resposta negativa aos avanços do presidente teve repercussões negativas na sua carreira.

Na terça-feira, 20 de julho, a Fox News e os advogados do ainda presidente negociaram a permanência de Ailes, mas como consultor. No entanto, segundo a advogada de Ailes, ainda nada está decidido. Questionado acerca do assunto, o canal declarou ainda que as negociações estão em curso e que o único acordo que está de válido, neste momento, é o atual contrato de Roger Ailes com a Fox News.

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O canal conservador e assumidamente republicano, que faz parte do grupo de media News Corporation (detido por Rupert Murdoch) representa cerca de 20% das receitas anuais da Fox, com lucros de 900 milhões de euros. Para além disso, a estação de televisão utiliza também o seu poder para negociar acordos mais lucrativos para os restantes canais do grupo.

A eventual saída de Roger Ailes da Fox News significará o fim de uma importante fase do canal de notícias do grupo Fox. Foi o atual presidente que construiu a estação televisiva norte-americana de raiz há 20 anos e que a tornou num centro de lucro nas receitas da 21st Century Fox.

Esta não é a primeira vez que o grupo de media gerido pela família Murdoch está envolvido em escândalos. Em 2011 o tablóide britânico News of the World foi encerrado devido ao envolvimento num escândalo de escutas ilegais.

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