Presidente da Federação Alemã de Futebol pediu a demissão

A decisão foi tomada devido a alegadas irregularidades na atribuição da organização do Mundial 2006
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Wolfgang Niersbach, presidente da Federação de Futebol da Alemanha (DFB), demitiu-se esta segunda-feira na sequência de uma série de irregularidades relacionadas com a organização do Mundial 2006.

"Assumo a responsabilidade política", disse o dirigente, após reunião da cúpula da federação, embora refute qualquer tipo de culpa pessoal.

O escândalo surgiu na sequência de denúncia da revista Der Spiegel sobre presumíveis subornos para a Alemanha conquistar a organização do Mundial de 2006, mas decisivas foram as notícias posteriores sobre evasão fiscal.

"Estive implicado desde o primeiro dia da candidatura para o Campeonato do Mundo e até ao final do filme 'sonho de verão'. Trabalhámos ao longo de todos estes anos... de forma limpa, confiável e correta", vincou.

Wolfgang Niersbach deixou ainda a garantia de inocência: "Nas áreas da minha responsabilidade -- marketing, media, acreditações e organização do evento -- posso dizer que tenho a consciência limpa e comportamento irrepreensível".

Além do líder da DFB, também Luis Bedoya, presidente da Federação Colombiana de Futebol (FCF), se demitiu esta segunda-feira, mas alegando "questões pessoais", apesar de a imprensa ter noticiado um alegado envolvimento no escândalo de corrupção da FIFA.

"Devido a razões pessoais, Luis Bedoya Giraldo, demitiu-se hoje como presidente da Federação Colombiana de Futebol e membro do comité executivo, irrevogavelmente e efetivamente", pode ler-se no comunicado emitido pela FCF.

Bedoya, de 56 anos, que assumiu o cargo em 2006 e recentemente ganhou um mandato, já havia negado, em junho, que responsáveis da FCF tinham recebido subornos, depois de autoridades dos Estados Unidos acusarem 14 oficiais e executivos de marketing desportivo por terem pago e aceite milhões de euros em subornos, com vista a adquirir os de direitos de transmissão televisiva da a Copa América.

"Não há contas secretas, não contas inflacionadas ou contas que a Federação não controle aqui mesmo na Colômbia", disse Bedoya numa conferência de imprensa, na altura.

Bedoya presidiu a FCF durante uma restruturação da equipa nacional que incluiu a contratação do treinador argentino Jose Pekerman, que levou a seleção a um regresso à campeonato mundial depois de terem estado ausentas da competição durante 16 anos.

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