A cerimónia decorreu na Câmara Municipal de Roma, enquanto na outra margem do rio Tibre bispos de todo o mundo, reunidos no sínodo sobre a família, se preparavam para votar um texto que continha uma passagem sobre o acolhimento dos homossexuais na Igreja e que originou uma polémica entre defensores e opositores desta atitude. .Os casais, acompanhados pelas suas famílias e, por vezes, por crianças, foram ao edifício da câmara para realizar a transcrição da sua união para os registos dos casamentos da cidade. .O autarca Ignazio Marino, de um partido político de esquerda, qualificou estes registos de simples atos de estado civil..Na rede social Facebook, o ministro da Administração Interna, Angelino Alfano, de centro-direita, "recordou que isso não é possível à luz da lei italiana"..A diocese de Roma criticou na sua revista semanal Roma Sette "a escolha ideológica" e "a afronta institucional" que representa a decisão do presidente da câmara..Na Igreja, durante o sínodo, que hoje termina, surgiu um forte debate sobre o acolhimento dos homossexuais, desde há muito menosprezados e condenados pela instituição católia. .Mas, nenhum dos cerca de 200 bispos, nem mesmo os menos conservadores, defendeu o casamento entre homossexuais..Segundo a doutrina católica, o casamento deve ser celebrado entre um homem e uma mulher.