Presidente da Abraço lamenta o fecho da Linha Sida
"A Linha Sida é um serviço super importante. Há pessoas que estão detidas, outras que não tem recursos para se deslocar e era naquele serviço que colocavam as suas dúvidas e pediam aconselhamento", disse à agência Lusa Margarida Martins. O coordenador nacional para a infeção VIH/Sida, Henrique Barros, avançou hoje à Lusa que a Linha Sida, um serviço gratuito de aconselhamento sobre questões relacionadas com a doença, vai acabar devido ao reduzido número de chamadas e por existirem alternativas ao serviço. "O serviço foi perdendo peso, foi perdendo importância, o número de chamadas é muito pequeno e há alternativas absolutamente razoáveis para responder à necessidade que as pessoas têm", justificou Henrique Barros.
Margarida Martins adiantou que, durante muitos anos, a Abraço pediu apoio à Coordenação Nacional para a Infeção VIH/Sida para a linha da associação, mas que foi sempre recusado por existir a Linha Sida. "A nossa linha nunca foi apoiada porque já havia um serviço de aconselhamento telefónico e por falta de verbas tivemos de a encerrar", lamentou a presidente da Abraço. Atualmente, a Abraço tem uma linha telefónica anónima, mas não é gratuita. "Fazia todo o sentido que esta linha continuasse a funcionar, uma vez que as pessoas estão cada vez menos informadas e há pessoas sem recursos que necessitavam deste apoio", sublinhou
Financiada pela Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida, a Linha Sida era assegurada desde 1993 pela Fundação Nossa Senhora do Bom Sucesso, onde uma equipa de profissionais de saúde fazia um atendimento personalizado, anónimo, confidencial e gratuito e encaminhava todos aqueles que procuravam resposta a necessidades específicas.