Prémio Sonae Media Art 2019 anuncia cinco finalistas

Lisboa, 07 mai 2019 (Lusa) - Os artistas Diogo Tudela, Francisca Aires Mateus, Rudolfo Quintas e mais dois coletivos são os finalistas do Prémio Sonae Media Art, foi hoje anunciado.
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De acordo com um comunicado do Museu Nacional de Arte Contemporânea -- Museu do Chiado (MNAC-MC) e da Sonae, que promovem o prémio bienal em parceria, o vencedor irá receber 40 mil euros por uma obra inédita em 'media art'.

A seleção do júri, após a abertura de candidaturas no início de abril, recaiu no coletivo Berru (Bernardo Bordalo, Mariana Vilanova, Rui Nó e Sérgio Coutinho), Diogo Tudela, Francisca Aires Mateus, no coletivo constituído por João Correia, Sérgio Rebelo e Tiago Martins e ainda em Rudolfo Quintas.

Os trabalhos apresentados nesta 3.ª edição foram avaliados por um júri de seleção composto por André Rangel (investigador e professor na área de arte multimédia), António Cerveira Pinto (artista, crítico de arte, ensaísta, pedagogo e produtor, e diretor artístico do The New Art Fest) e Adelaide Ginga (historiadora da arte, curadora e conservadora do MNAC-MC, com especialização em artes digitais).

O júri "privilegiou as candidaturas que demonstram uma especial capacidade exploratória, inovadora e crítica no domínio da media art", segundo o comunicado.

"Foram tidos em consideração como critérios relevantes da escolha, a maturidade tecnológica, a clareza conceptual e a qualidade formal das obras que instruíram as candidaturas", acrescenta ainda.

O júri deu também especial atenção à amplitude geracional, reunindo artistas com percursos consolidados e artistas emergentes.

De um universo inicial de 93 candidaturas recebidas, foram validadas 73 e escolhidos os cinco finalistas.

Nas duas edições anteriores do prémio, os vencedores foram a artista Tatiana Macedo com a obra "1989", em 2015, e o artista Rodrigo Gomes com a obra "Estivador de Imagens", em 2017.

Criado em 2015, o Prémio Sonae Media Art, no valor de 40 mil euros, atribui, ainda, uma bolsa de criação no valor de cinco mil euros a cada um dos finalistas para o desenvolvimento de uma obra inédita.

As cinco obras inéditas serão expostas no MNAC-MC a partir de dezembro de 2019.

O vencedor do prémio será escolhido através da avaliação das obras em exposição, por um júri de premiação constituído pelo artista Miguel Soares, pela professora em arte multimédia Patrícia Gouveia e pelo produtor e ativista Yves Bernard.

O Prémio Sonae Media Art é uma iniciativa bienal promovida pela Sonae em parceria com o Museu do Chiado, e tem como objetivo distinguir as formas de criação artística contemporânea que utilizem meios digitais e eletrónicos, nas áreas de vídeo arte, projetos sonoros, projetos de exploração do virtual e da interatividade, bem como propostas de rede, em que poderão estar incorporadas outras formas de arte como a performance, a dança, o cinema, o teatro ou a literatura.

O Coletivo Berru, com sede no Porto, foi fundado em 2015 e é atualmente constituído por Bernardo Bordalo, Mariana Vilanova, Rui Nó e Sérgio Coutinho, artistas formados nas áreas de belas artes, multimédia, cinema e engenharia.

Diogo Tudela, nascido em 1987, é licenciado em Som & Imagem e mestrado em Artes Digitais pela Escola das Artes da Universidade Católica do Porto, e de 2012 a 2013 foi investigador e membro da plataforma de música digital/coletivo Digitópia, residente na Casa da Música.

Francisca Aires Mateus, nascida em 1992, estudou cinema e vídeo na Escola António Arroio, é licenciada pela Royal Schools of Music, tem uma pós-graduação em pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, e estudou Fine Art Media na Slade School of Fine Art, University College Londres.

João Correia (1986), Sérgio Rebelo (1993) e Tiago Martins (1990) têm formação nas áreas da engenharia informática, design e multimédia e design gráfico, com projetos de investigação e obra publicada.

Rudolfo Quintas, nascido em 1980, tem licenciatura em som e imagem, pós-graduação em computação gráfica e ambientes virtuais, é mestre em tecnologia e artes digitais, doutorando em média arte digital, e cria instalações e esculturas audiovisuais interativas, generativas e baseadas em mapeamento de dados.

O Prémio Sonae Media Art é aberto a todos os artistas de nacionalidade portuguesa ou a estrangeiros residentes em Portugal, com a idade máxima de 40 anos, até 31 de dezembro de 2019, inclusive.

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