Prémio Goncourt atribuído à franco-marroquina Leila Slimani

"Canção Doce" valeu-lhe o galardão literário mais importante da francofonia. É uma das poucas mulheres a recebê-lo
Publicado a
Atualizado a

O Prémio Goncourt, o principal galardão literário da francofonia, foi atribuído hoje à romancista franco-marroquina Leila Slimani, 35 anos, pelo livro Canção Doce, que tem por tema um infanticídio, anunciou o júri do prémio.

O romance, que é já um sucesso nas livrarias, é o segundo livro de Leila Slimani, que se torna uma das poucas mulheres a ter recebido o Prémio Goncourt.

Nos últimos 20 anos, apenas quatro mulheres receberam o Goncourt, que, ao longo dos seus 112 anos de existência, premiou 12 mulheres, já incluindo Leila Slimani.

Com apenas dois romances publicados, Leila Slimani impõe-se como uma das novas vozes da literatura francófona -- e uma das mais jovens a receber a distinção.

Nascida em 1981, em Rabat, Marrocos, filha de um banqueiro e de uma médica, aos 17 anos foi estudar para a prestigiada escola de elites francesa Sciences-Po, em Paris. Ex-jornalista, Leila Slimani chegou a colaborar com a revista Jeune Afrique.

No romance, a escritora - atualmente grávida do segundo filho - conta a história de uma ama que assassina duas crianças, num cenário de miséria social.

Monetariamente, Leila Slimani receberá apenas dez euros, mas, tradicionalmente, o Goncourt é garantia de tiragens na ordem dos 450 mil exemplares e um lugar no topo das vendas.

O galardão Renaudot, visto como um prémio de consolação, foi atribuído à romancista e dramaturga francesa Yasmina Reza, 57 anos, por Babylone, que conta a história de um homem que estrangula a mulher, na sequência de um mal-entendido.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt