"Devo dizer que recebi o projeto por uma questão de delicadeza e deferência, mas ainda não o vi. Recebi-o precisamente ontem e estava aqui em visita", afirmou aos jornalistas, à margem do segundo dia de visita à região de Trás-os-Montes, onde participou hoje nas comemorações do Dia da Cidade de Miranda do Douro.."Tenciono lê-lo e pensar", disse Marcelo acerca da proposta de revisão constitucional do PSD, acrescentando que guardará para ele a opinião sobre o documento ou outra qualquer proposta de revisão constitucional..O chefe de estado sublinhou que o Presidente "não tem nenhum poder sobre revisão constitucional, é só a Assembleia que vota e o Presidente é obrigado a promulgar o que for votado"..Ainda assim, considerou que, "quando se trata de encontrar soluções para um país em concreto", ele próprio terá de ver o que é proposto.."Não poderei opinar em público, mas pensarei para comigo mesmo. Até com a deformação de ter acompanhado várias revisões constitucionais e ter votado a Constituição, terei muito prazer em analisar essa matéria", declarou..À pergunta sobre se faz sentido fazer uma revisão constitucional, respondeu: "Vou olhar para a realidade, falarei para mim mesmo, não falarei para o país, porque qualquer opinião sobre revisão constitucional é substituir-me aos deputados"..O presidente do PSD, Rui Rio, argumenta que o projeto de revisão constitucional do PSD, apresentado na sexta-feira em Coimbra, é uma reforma e não uma revolução e espera uma negociação com o PS na próxima sessão legislativa..De entre as propostas apresentadas, que Rio definiu como "linhas de força" do projeto de lei que dará entrada na Assembleia da República depois das eleições autárquicas, contam-se a redução do número de deputados, dos atuais 230 para um intervalo entre 181 e 215, e a limitação a dois mandatos, que passam de quatro para cinco anos cada.