PP desaparece do mapa do poder local em Espanha

Feitos os acordos após as eleições de 24 de maio, os populares, que foram os mais votados, só mantêm uma grande cidade: Malága.
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O mapa do poder local em Espanha mudou ontem radicalmente depois da formação oficial de todas as câmaras municipais do país. O azul do PP deixou de ser dominante e o vermelho dos socialistas e o roxo do Podemos ganharam protagonismo. Os populares só conseguiram manter uma das grandes cidades, Málaga. Madrid e Valência, em que governavam há mais de 20 anos, passaram para as mãos da esquerda, tal como Barcelona e Sevilha. É o início de um período sem precedentes, em que os governos de minoria são norma e vão obrigar os políticos a uma nova forma de governar: procurar acordos com a oposição.

Ontem, as surpresas foram poucas. Almería e Jaén foram exceção. Aí, o PP manteve o poder com o apoio, em cima da hora, do Ciudadanos. A esquerda acabou por arrebatar quotas de poder históricas na eleição dos novos presidentes de câmaras. Um cenário, na maioria dos casos, só possível por acordos com o Podemos, que deixaram o PP - partido mais votado nas eleições de 24 de maio - sem muitas das cidades. Os populares perderam o controlo de metade das 34 câmaras que governaram com maioria absoluta nos últimos quatro anos.

A direção do PP espera "radicalidade, extremismo e muita incoerência" nas câmaras de esquerda e acusa o PSOE de ter uma "obsessão terrível" para evitar os governos locais dos populares, segundo declarações do vice-secretário da política local, Javier Arenas. Num comunicado do PP define o PSOE como "uma triste sombra de si mesmo".

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