Portugueses partilham prémio financiado por Mark Zuckerberg
Há pouco mais de uma semana o astrofísico Nélson Nunes recebeu um email inesperado. Informavam-no de que era um dos vencedores dos Prémios Breakthrough 2015, no valor de três milhões de dólares. "Pensei que era um daquele emails do tipo «o príncipe da Nigéria atribui-lhe um prémio milionário...» e não liguei", conta divertido o investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Afinal, era mesmo verdade.
No dia seguinte tinha outra mensagem, dessa vez de Saul Perlmutter, líder do Supernova Cosmology Project, nos Estados Unidos, a confirmar que sim senhor, tinham mesmo ganho o Breakthrough 2015 para a Física Fundamental: três milhões de dólares, a dividir por meia centena de cientistas, três deles já distinguidos com o Nobel da Física em 2011.
Financiado por um grupo de bilionários, entre os quais Mark Zuckerberg, o muito famoso criador do Facebook, o prémio Breakthrough 2015 é atribuído em partes iguais a todos os investigadores dos dois projetos contemplados este ano na Física Fundamental: o High Supershift Supernova Group, de Brian Schmidt e Adam Riess, e o Supernova Cosmology Project, no qual Nélson Nunes e também outra portuguesa, Patrícia Castro, participaram. Os dois jovens trabalharam ali em 1998, um ano decisivo do projeto, em que a equipa descobriu que o universo está em expansão acelerada.
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