Portugueses deixaram 1800 milhões de compras por fazer 

O confinamento da população penalizou sobretudo os setores do alojamento e da restauração.
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O confinamento forçado da população em Portugal levou a uma quebra de 46% no consumo. Os portugueses gastaram, em média, por dia, menos 56 milhões de euros em compras entre 19 de março e 20 de abril, período em que vigorava o estado de emergência, que se prolongou até 2 de maio. Ao todo, foram menos 1848 milhões de euros que os portugueses não gastaram em compras.

Os dados foram divulgados ontem pelo Banco de Portugal. Segundo o supervisor bancário, os portugueses também levantaram menos 1122 milhões de euros em dinheiro nas caixas Multibanco (ATM). Este valor corresponde a uma média de menos 34 milhões de euros por dia, uma quebra de 46% face a igual período do ano passado.

E, no dia Páscoa, a queda chegou aos 77% nos pagamentos de compras com cartões e aos 70% nos levantamentos de dinheiro.

No caso dos consumidores estrangeiros, durante o mês de março, terão gasto menos 184 milhões de euros em compras e levantado menos 34 milhões de euros em dinheiro. É uma descida homóloga de 80% e 60%, respetivamente.

O setor do alojamento foi o mais afetado pelas medidas adotadas face à epidemia, perdendo 56% de receitas face a igual período do ano anterior. Mas o mais afetado em termos absolutos foi o da restauração, com uma redução de 229 milhões de euros face ao valor de receitas obtidas no período homólogo.

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