Portugueses continuam sem reconhecimento no Brasil
"Da nossa parte fizemos tudo, e estamos a fazer, e também não há qualquer argumento da parte dos brasileiros" para travarem os acordos, afirmou o bastonário da Ordem, Carlos Matias Ramos.
Pelo menos desde a crise económica de 2008 que a Ordem tem intensificado "esforços" para que sejam reconhecidos no Brasil os diplomas de engenharia e, em meados do ano passado, o bastonário chegou mesmo a considerar uma "vitória" a assinatura de um acordo em novembro de 2011 entre universidades portuguesas e brasileiras.
O acordo previa que ao fim de 180 dias fossem elaborados critérios para esse reconhecimento do exercício da profissão, uma exigência que ainda não foi cumprida pelos brasileiros apesar de volvido mais de um ano sobre o compromisso.
"Passado um mês fizemos o trabalho de casa e, em junho passado, pediram-nos mais tempo para estudar o assunto", explicou o bastonário, adiantando que até agora ainda não houve resposta e não se avizinha quando haverá.
O Brasil, que vai receber o Mundial de Futebol e os Jogos Olímpicos, podia ser um importante mercado de trabalho para os portugueses desempregados, lamenta Carlos Matias Ramos, lembrando que em Portugal trabalham mais de 300 engenheiros brasileiros cujos diplomas são reconhecidos pela Ordem.