Portuguesa na liderança da comitiva sueca
A portuguesa sempre "quis trabalhar no desporto adaptado" e encontrou essa oportunidade quando saiu de Portugal rumo à Inglaterra, para estudar, mas acabou por ir para à Suécia "numa altura em que tinha namorado sueco".
Gostou da experiência, ficou por lá, e estudou mais para chegar à condição de directora técnica dentro da Federação Sueca de Desporto para deficientes, além de trabalhar também com o comité paralímpico sueco.
No último ano, Inês Lopes assumiu o comando técnico da selecção portuguesa de basquetebol em cadeiras de roda, da associação nacional de deficientes motores, com a qual esteve dez dias a preparar o campeonato da Europa.
"Os resultados não foram os melhores", porque, durante o estágio, "alguns jogadores importantes tiveram de sair devido a compromissos profissionais, algo impensável na Suécia", refere.
Inês Lopes não consegue fazer comparações entre o desporto adaptado em Portugal e o da Suécia, "onde o dinheiro distribuído de igual forma pelos atletas de elite olímpicos e paralímpicos".
Para reforçar as diferenças, lembra que, no ano passado, os suecos tiveram um orçamento de 80.000 euros para o basquetebol em cadeira de rodas, enquanto o português rondou os 5.000.
No entanto, em Portugal " apesar de não haver o dinheiro da Suécia há mais entusiasmo e muito bons atletas ainda por lapidar", referiu.
Quanto ao futuro à frente da selecção nacional de cadeiras de rodas, a portuguesa confessa que ainda não se falou na sua continuação, lembrando, mais uma vez, "a escassez de verbas para a preparação".