Portugal tem montanha russa no Verão. Durante o ano vá a Espanha
Aquela que é uma das atrações mais populares dos parques de diversões modernos está praticamente erradicada em Portugal. À exceção de uma montanha russa aquática, no Algarve, não há nenhuma outra no País. Para quem gosta de loopings e velocidades alucinantes, a solução poderá ser viajar até à Espanha, onde a oferta é grande. O custo do equipamento, as despesas de manutenção e o valor do aluguer dos espaços nas feiras são algumas das razões apontadas pelos representantes do setor para o desaparecimento destes divertimentos do País.
Depois do encerramento da Feira Popular, Francisco Alverca terá sido o último empresário a ter uma montanha russa em Portugal, com a qual percorreu alguns eventos no País, entre os quais a Feira de Março, em Aveiro. Comprou-a usada, mas, mesmo assim, "foi muito cara." Desistiu do negócio há cerca de quatro anos. "O país é muito pequeno e o mercado não aguenta. Nos outros países, os bancos emprestam dinheiro e as câmaras ajudam. Aqui não há qualquer apoio", disse ao DN. Depois de vários alugueres do equipamento a Luís Montez, diretor da Música no Coração, "que permitiram aguentar mais alguns anos", Francisco Alverca acabou por se desfazer da montanha russa. "Troquei-a por outro equipamento."
Segundo o presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Diversão (APED), Luís Fernandes, "mesmo que os empresários queiram, não há apoios e ninguém consegue suportar os custos, nem mesmo se dois ou três comerciantes se juntarem." A estrutura, aponta, custa, em média, entre 700 mil a dois milhões de euros. "Não se consegue sequer pedir financiamento para o equipamento", sublinha o representante do setor.