Portugal qualifica-se para o Mundial de andebol de 2023

A seleção portuguesa de andebol derrotou por 35-28 os Países Baixos.
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A seleção portuguesa de andebol qualificou-se este domingo para o Campeonato do Mundo de 2023, ao derrotar por 35-28 os Países Baixos, em Eindhoven, na segunda mão do 'play-off' de apuramento.

Três dias depois da derrota por 33-30 em Portimão, no jogo da primeira mão, Portugal recuperou dos três golos de desvantagem, após ter chegado ao intervalo a vencer os neerlandeses por 17-15.

A seleção portuguesa garantiu, assim, a quinta presença num Mundial, depois de ter participado nas edições de 1997, 2002, 2003 e 2021.

O Campeonato do Mundo de 2023 será disputado na Suécia e na Polónia, entre 11 e 29 de janeiro do próximo ano.

Entrando com um défice de três golos (30-33) no Indoor Sportcentrum, em Eindhoven, a equipa das 'quinas', 14.ª do 'ranking' mundial, dominou a tempo inteiro e só consentiu duas igualdades ante o conjunto neerlandês, 17.ª, que já derrotava ao intervalo (17-15).

Martim Costa, com 10 golos, foi o principal marcador dos 'heróis do mar', amparados também nas seis assistências de Miguel Martins, enquanto Kay Smits, com oito tentos, liderou os Países Baixos, que tentavam alcançar a primeira fase final 62 anos depois.

Com Pedro Portela, Miguel Martins, Alexis Borges e Diogo Branquinho de volta ao 'sete' inicial, os pupilos de Paulo Jorge Pereira até esbanjaram uma vantagem precoce (2-2), mas cedo se impuseram com maior flexibilidade sem bola e variabilidade nos ataques.

Entre entradas aos seis metros e 'tiros' de longe, Portugal beneficiou dos imprevisíveis irmãos Francisco e Martim Costa, cada um juntando três golos na etapa inaugural, para crescer gradualmente no marcador e igualar a eliminatória ao fim de 16 minutos (10-7).

Ato contínuo, o islandês Erlingur Richardsson pediu uma pausa, incapaz de despertar os Países Baixos, ressentidos do 'apagão' da 'estrela' Luc Steins, que, depois de brilhar no primeiro jogo com 17 assistências, ficou-se por quatro golos e quatro passes decisivos.

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Para esse desequilíbrio de forças, que contou com eficácia total lusa nos 13 primeiros remates e chegou a cinco tentos (14-9), contribuiu Gustavo Capdeville, autor de nove defesas em 23 remates até ao intervalo, contra três da dupla de guarda-redes locais.

Só que Portugal demorou a adaptar-se ao sistema defensivo alternativo adotado pelos Países Baixos nos 10 minutos finais da primeira parte e perdeu consistência no ataque (17-15), prolongando esse declínio no início do reatamento, até novo empate (19-19).

Sem nunca consentir qualquer vantagem aos holandeses, a formação de Paulo Jorge Pereira resgatou frieza nas transições e usufruiu das exclusões de Samir Benghanem e Jasper Adams para voltar a assumir-se com três golos à maior (24-21), aos 42 minutos.

Na melhor versão dos 'heróis do mar', guiada por Miguel Martins, Martim Costa e Alexis Borges, sobressaiu o estreante Miguel Espinha, ao fechar a baliza sete vezes em 15 investidas dos Países Baixos, cujas pretensões se esfriaram com o avanço do relógio.

O conjunto de Erlingur Richardsson acabou vergado com sete tentos de desvantagem, sofrendo a maior clivagem durante os 60 minutos (35-28), para êxtase de Portugal, que três meses após a eliminação do Euro2022, por sinal decretada pelos neerlandeses (31-32), celebram a quinta presença seguida nas maiores provas internacionais de andebol.

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