"Ainda será necessário implementar um nível significativo de consolidação orçamental, para colocar as finanças públicas portuguesas num caminho sustentável", afirmou Subir Lall, numa teleconferência com os jornalistas a partir de Washington, onde explicou a análise que o fundo faz à oitava e nona avaliações do programa..O responsável lembrou no entanto que para reduzir a dívida pública será necessário não só consolidação orçamental, mas também que a economia cresça de forma considerável..Subir Lall citou então os desenvolvimentos recentes nos mercados de dívida, após o período conturbado em termos políticos no verão, para dizer que as melhorias "são uma prova clara de que um demonstrado compromisso para com as reformas e uma adesão às políticas exigidas, é algo reconhecido pelos mercados"..Para isto, defende o FMI, será necessário que as reformas e as políticas necessárias gozem de consenso político e que os agentes políticos assumam a responsabilidade e autoria das reformas.."Isto ia assegurar que a credibilidade de Portugal, para fazer as reformas necessárias, estaria bem cimentada", disse..O chefe da missão do FMI foi ainda questionado sobre a capacidade e a crença do Governo para conseguir atingir a meta do défice orçamental de 4% no próximo ano, depois do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, ter dito que o Governo pediu a flexibilização da meta para 4,5% no próximo..Subir Lall disse que o fundo espera que a meta venha a ser cumprida e que acredita não só que o Governo tem capacidade para o fazer, como acredita na própria meta, caso contrário não teria construído a proposta de Orçamento do Estado para 2014 em torno desta.