Andebol. Portugal perde com a Eslovénia e falha acesso às meias-finais

A seleção nacional foi derrotada nesta terça-feira por 29-24. Mas ainda pode sonhar em garantir a melhor posição de sempre em Europeus (sétimo lugar), apesar de estar dependente de terceiros e de um triunfo sobre a Hungria.
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Portugal foi nesta terça-feira derrotado pela Eslovénia, por 29-24, e já não tem hipóteses matemáticas de atingir as meias-finais do Europeu de andebol. A equipa treinada por Paulo Pereira, contudo, tem ainda possibilidade de superar a melhor classificação de sempre em Europeus (um sétimo lugar, em 2000). Mas está dependente de terceiros e ainda da obrigação de vencer nesta quarta-feira a Hungria.

Se Portugal conseguir terminar no terceiro lugar do Grupo II da ronda de elite (só os dois primeiros dão acesso às meias-finais) terá acesso à partida que confere o quinto posto e um lugar no torneio de apuramento olímpico.

"Não vou ficar triste, porque o que fizemos aqui foi muito grande. Perdemos por cinco golos com a Eslovénia, mas estivemos a lutar durante 50 minutos. Se isto fosse futebol, a equipa com menos experiência, mais fraca, num lance tipo Éder pode ganhar. No andebol não é possível. A equipa teoricamente mais forte é difícil de bater", referiu no final o selecionador Paulo Pereira.

"Ficámos um pouco tristes, porque criámos uma expectativa e ambição nos outros e em nós próprios. Fica esse amargo na boca, mas não fico triste. Amanhã [quarta-feira], temos outro jogo e pode ser importante e vamos lutar outra vez. Aqui contam muito as questões da recuperação, porque há dois jogos em dias seguidos", acrescentou.

O guarda-redes Alfredo Quintana voltou a ser o melhor elemento da equipa das quinas, impedindo que os eslovenos se distanciassem no marcador mais cedo e assumindo-se como o principal responsável pela vantagem tangencial para a sua equipa ao intervalo (15-14).

André Gomes, que falhou devido a lesão os dois encontros anteriores, com a Suécia (vitória por 35-25) e a Islândia (derrota por 28-25), foi o jogador mais esclarecido no ataque, cotando-se como o melhor marcador da equipa lusa, com seis golos.

As defesas de Alfredo Quintana mantiveram a equipa lusa sempre à distância mínima na fase inicial da partida e, apesar de Portugal ter passado pela primeira vez para a frente já depois dos 10 minutos (6-5), a primeira parte decorreu sob o signo do equilíbrio.

Nenhuma das formações conseguiu mais do que dois golos de vantagem e a equipa lusa alcançou um parcial de 3-0 para chegar ao intervalo na frente por 15-14 e a segunda parte arrancou nos mesmos moldes da primeira, com Quintana a manter Portugal na luta pelo triunfo.

Aos 40 minutos, o selecionador Paulo Pereira apostou pela primeira vez no sistema atacante 'sete contra seis', mas sem os resultados esperados e foram mesmo os eslovenos que conquistaram a maior vantagem de todo o encontro (27-22), que souberam gerir até ao fim.

O trajeto de Portugal na competição começou da melhor maneira a 10 de janeiro, com a seleção nacional a bater a poderosa França, que foi três vezes campeã da Europa e era apontada de início como uma das favoritas, por 28-25, na fase de grupos. Seguiu-se um triunfo diante da Bósnia (27-24) e uma derrota com a Noruega, por 34-28.

O segundo lugar no Grupo D permitiu a Portugal apurar-se para a ronda de elite. A estreia nesta fase começou com mais um resultado histórico, com um triunfo categórico por dez golos de diferença (35-25) perante a Suécia, a atual vice-campeã da Europa. Mas nos dois últimos jogos, Portugal foi derrotado. Primeiro pela Islândia (28-25) e nesta terça-feira pela Eslovénia (), resultado que travou o sonho do acesso às meias-finais do Europeu.

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