Portugal pede que morte de ex-PR não interrompa processo eleitoral

O Governo português lamentou hoje a morte do ex-Presidente da Guiné-Bissau, Kumba Ialá, e pediu que o processo eleitoral continue a decorrer normalmente até às eleições do próximo dia 13, disse fonte do ministério dos Negócios Estrangeiros.
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Em comunicado hoje divulgado pelo ministério de Rui Machete, o Governo português "formula votos de que este trágico evento em nada venha a afetar o normal desenrolar do processo eleitoral em curso, que deverá culminar na realização das eleições previstas para o próximo dia 13 de abril".

As eleições gerais (presidenciais e legislativas) são "consideradas decisivas, pela comunidade internacional, para a estabilização e o progresso daquele país", acrescenta a nota.

O Executivo expressa ainda as suas "condolências à família enlutada".

A Guiné-Bissau vive um período de campanha eleitoral com vista às eleições gerais de 13 de abril, sucessivas adiadas desde o ano passado, que será o primeiro ato eleitoral desde o golpe de Estado de abril de 2012.

O ex-Presidente da Guiné-Bissau Kumba Ialá morreu hoje, aos 61 anos, devido a problemas de saúde. O corpo encontra-se na morgue do hospital militar de Bissau, vigiado por militares.

De etnia balanta, o político guineense fundou o Partido da Renovação Social em 1992, a segunda maior força política do país, e foi Presidente da República entre 2000 e 2003, tendo sido deposto por um golpe militar.

Kumba Ialá, que fez 61 anos a 15 de março de 2014, renunciou à vida ativa política a 01 de janeiro deste ano, alegando "haver um tempo para tudo", decidindo apoiar o candidato independente às presidenciais Nuno Nabian.

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