O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Emídio Guerreiro, garantiu hoje que o Portugal Open em ténis irá realizar-se em 2015 e nos dois anos seguintes, numa entrevista ao diário Público..Na entrevista, Emídio Guerreiro, avançou que já há uma alternativa à do empresário João Lagos para a organização do Portugal Open, escusando-se, no entanto, a dizer qual.."O que garanto é que está assegurado que o Open vai continuar a realizar-se em Portugal nas datas previstas e sem fundos públicos. Houve até vários interessados em organizar o torneio e está garantido por mais três anos", refere o responsável governativo..A 18 de outubro, o empresário João Lagos, responsável pela organização do Portugal Open há 25 edições, anunciou que iria deixar de organizar o evento, tendo ficado comprometida a continuidade do principal torneio português de ténis.."Havia prometido há poucas semanas que a emoção não se iria sobrepor à razão na hora de assumir a organização do Portugal Open 2015. E, infelizmente, foi com infinita tristeza que me vi forçado a comunicar ao ATP que não reuni as condições de poder assumir a organização do próximo Open", explicou João Lagos..Também a 18 de novembro, o presidente da Federação Portuguesa de Ténis (FPT), descartava a hipótese de a entidade resgatar o Portugal Open, realçando não depender da federação, nem sequer do governo, a salvação do principal torneio de ténis nacional, recordando que a continuidade do Portugal Open está condicionada pela vontade da Associação de Tenistas Profissionais (ATP), responsável pela definição de provas no calendário mundial.."O que posso dizer é que é com muita tristeza para o ténis português que o João Lagos, depois de 25 anos, já não vai organizar o torneio. A federação não tem nada a ver com a organização de eventos, nomeadamente com a organização deste evento", defendeu, então, Vasco Costa..A mudança de nome de Estoril Open para Portugal Open, em 2013, por sugestão de Paulo Portas, então ministro dos Negócios Estrangeiros, foi apresentada como a melhor notícia de sempre da prova, mas acabou por não trazer mudanças profundas para o futuro do torneio..Em 2014, sem apoio do Turismo de Portugal, mas com o estatuto de utilidade pública, João Lagos voltou a dizer que o torneio estava em perigo, por falta de cerca de dois milhões de euros num orçamento global de 3,5 milhões..Apesar das dificuldades da empresa João Lagos Sport, acentuadas após a anulação do Dakar de 2008, que partia de Lisboa, o Portugal Open foi garantido a cerca de um mês do início e realizou-se mesmo em 2014, naquela que foi a 25.ª edição do único torneio em solo luso do circuito ATP, a primeira divisão do ténis mundial.