O primeiro-ministro garantiu hoje que Portugal irá manter uma "posição intransigente nos quadros bilaterais e multilaterais" sobre a questão dos Direitos Humanos, salientando que se trata de uma "causa norteadora" para o país..Esta posição foi assumida por António Costa numa mensagem publicada na sua conta oficial da rede social Twitter, em que assinalou o Dia Internacional dos Direitos Humanos..Nesta mensagem, António Costa salientou que "a Declaração Universal dos Direitos Humanos permanece um dos símbolos maiores" da "consciência comum enquanto Humanidade e o seu cumprimento deve ser um objetivo, mais do que uma aspiração".."A luta pelos Direitos Humanos - todos, sem exceção e para todas e todos sem exceção - é uma causa norteadora para Portugal. Manteremos uma posição intransigente nos quadros bilaterais e multilaterais sobre todas as situações que nos inspiram preocupação", lê-se na mensagem..O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, também assinalou a data num vídeo publicado na página oficial do parlamento na internet e no Twitter..No seu breve depoimento, o ex-ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros indicou que hoje "celebra-se a adoção pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1948, da Declaração Universal dos Direitos Humanos".."Mas não se celebra a História, celebra-se a atualidade da Declaração Universal dos Direitos Humanos", defendeu o presidente da Assembleia da República, antes de destacar dois pontos inerentes à Declaração de 1948.."Os direitos humanos constituem um todo, são interdependentes entre si. Os direitos, liberdades e garantias de um lado, e os direitos económicos, sociais e culturais do outro formam um todo, um sistema integrado de direitos", sustentou..Na perspetiva do presidente da Assembleia da República, estes dois conjuntos de direitos assumem formas diferentes.."A liberdade de expressão, a liberdade de crença e de culto, a liberdade de reunião e de associação, a garantia do habeas corpus são garantias que o Estado deve respeitar e proteger. Já quanto aos direitos à educação, à água potável, à saúde e à Segurança Social são direitos que é preciso concretizar através de ação -- ação do Estado, das autarquias, da sociedade civil, das empresas, das famílias. Mas, no seu conjunto, os direitos humanos são unos, interdependentes. A declaração é a Declaração Universal dos Direitos Humanos", frisou Augusto Santos Silva..O presidente da Assembleia da República aponta depois que, "naturalmente, são diferentes as culturas, as histórias, as religiões e as tradições, mas em todas elas os Direitos Humanos podem ser respeitados, em todas elas os Direitos Humanos podem ser concretizados, porque a liberdade, o direito à dignidade humana, a educação e a saúde, a proteção na saúde são universais, são necessidades universais".."Portanto, elas devem ser aplicadas, devem ser respeitadas e garantidas em todo o mundo", acrescentou.