O Conselho de ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) formalizou hoje, no Luxemburgo, o encerramento do Procedimento por Défice Excessivo (PDE) aplicado a Portugal desde 2009, na sequência da recomendação da Comissão Europeia no mês passado..A decisão hoje tomada hoje no Conselho Ecofin significa que Portugal sai finalmente do PDE, ao fim de oito anos, e passa do braço corretivo para o braço preventivo do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC)..Valdis Dombrovskis, o comissário para o Euro, partilhou no Twitter uma mensagem dando os "parabéns aos portugueses pelo que alcançaram". Dirigiu-se num outro 'tweet' aos croatas, que também saíram oficialmente da lista dos países com Procedimento por Défice Excessivo..[twitter:875662116283449344].[twitter:875662075556769792].Dombrovskis, que é vice-presidente da Comissão Europeia, mostrou-se satisfeito com a decisão do Ecofin de encerrar o Procedimento por Défice Excessivo de Portugal mas alertou que é preciso "continuar o trabalho árduo".."Vejo com satisfação que os ministros das Finanças tenham aprovado hoje a nossa recomendação para a saída de Portugal do PDE", disse Valdis Dombrovskies na sequência da decisão de hoje do Ecofin, o grupo dos ministros das Finanças que estiveram reunidos em Bruxelas..No entanto, o comissário responsável pela área do euro defendeu que o trabalho de Portugal não está concluído: "Hoje é o dia para celebrar. Amanhã é o dia para continuar o trabalho árduo. É a altura certa para Portugal continuar o esforço de reformar a sua economia"..Dombrovskis reiterou que "as reformas são o caminho para Portugal manter este momento positivo"..A Comissão Europeia decidiu no mês passado recomendar o encerramento do PDE aplicado a Portugal depois de o país ter reduzido o seu défice para 2,0% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, abaixo da meta dos 3% inscrita no PEC, e na sequência das suas próprias previsões económicas, que antecipam que o país continuará com um défice abaixo daquele valor de referência em 2017 e 2018, assegurando assim uma trajetória sustentável do défice..Com a decisão formal de hoje do Conselho, que abrange também a Croácia, apenas quatro Estados-membros (França, Espanha, Grécia e Reino Unido) passam a estar sob o braço corretivo do PEC, quando em 2011 esse número se elevava a 24.