Portugal é o sexto país europeu onde o consumo mais cresce

Um sexto diz que não lhe sobra dinheiro depois de pagas as despesas. Saúde e equilíbrio pessoal e profissional são principais preocupações
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Os portugueses estão a comprar mais produtos de grande consumo e a pagar mais por eles no segundo trimestre. Uma subida de 4,2%, valor acima da média europeia de 3,4%. Entre os 28 países da União Europeia é o sexto país onde o consumo mais cresce. Índice de Confiança dos consumidores nacionais está entre os mais altos de sempre.

E o que mais compraram os portugueses? Bebidas, congelados e produtos de higiene pessoal cresceram acima da média neste período, segundo os dados da Nielsen Growth Report.

"O aumento do nível de confiança dos consumidores portugueses e a sua atenção para o bem-estar, a saúde e o lazer são sinais de uma mudança que já aconteceu. Os portugueses estão mais positivos, têm mais dinheiro disponível, e querem gastá-lo em algo que lhes traga algum tipo de benefício. Após um período de alguma estabilização em volumes e crescimento em valor, assistimos agora a crescimentos em ambas as partes: neste trimestre, os consumidores compraram mais e também gastaram mais. Para o resto do ano, identificamos oportunidades de crescimento nas categorias de valor acrescentado, que trarão certamente mais espaço para crescimentos em valor", comenta Ana Paula Barbosa, Retailer Services Director da Nielsen Portugal, citada em nota de imprensa.

Neste trimestre, os consumidores nacionais gastaram mais 2,2% pelos produtos adquiridos (efeito do aumento do preço), mas também compraram mais em volume 2%, totalizando um crescimento de 4,2% sobre igual período do ano passado.

O trimestre inclui o período da Páscoa, o que não sucedia no trimestre homólogo do ano passado, mas ainda assim as vendas de bens de grande consumo apresentaram no segundo trimestre o maior crescimento do último ano.

Um valor que posiciona Portugal acima da média europeia (3,4%), colocando no sexto lugar, entre os 28 países membros, entre os países onde o consumo mais cresce. E face à média dos 15 países da Europa Ocidental, os bens de grande consumo cresceram o dobro em valor (4,2% vs 2,1%) e quatro vezes mais em volume (2% vs 0,5%).

Índice de Confiança em máximos históricos

São as Bebidas que apresentam o maior dinamismo do trimestre, com crescimentos de 10% nas Não-Alcoólicas e 8% nas Alcoólicas; os Congelados (+7%) e a Higiene Pessoal (+5%) crescem acima da média dos Bens de Grande Consumo. Higiene do Lar apresenta uma variação de 4% e Mercearia cresce 3%. Os Laticínios mantêm-se estáveis.

Com 94 pontos o Índice de Confiança está em máximos históricos, mais 9 pontos face há um ano e um dos valores mais altos de sempre, acima da média europeia (87 pontos) e acima de países como Espanha (90), França (81) e Itália (69).

Aos portugueses preocupa os temas da Saúde e o Equilíbrio entre a Vida Pessoal e Profissional, com 27% dos consumidores a eleger estes dois temas, deixando a quase dez pontos percentuais a preocupação com a sua situação profissional (18%).

Há menos portugueses a dizer que não lhes sobra dinheiro depois de pagar despesas habituais, embora sejam ainda 1/6 da população. Mais de metade (51%) aponta a poupança com principal prioridade.

Ana Marcela é jornalista do Dinheiro Vivo

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