Portugal de Ronaldo teve o mesmo destino que a Argentina de Messi

Chile está na final graças aos pontapés dos 11 metros, foi também assim que venceu as duas últimas edições da Copa América, derrotando em ambas, no encontro decisivo, a seleção das pampas. É caso para dizer: Bravo!
Publicado a
Atualizado a

Não há outra forma de dizer isto: Portugal apanhou pela frente uma seleção especializada em grandes penalidades. Foi assim que o Chile bateu a Argentina de Messi em 2015 na final da Copa América. Foi assim que voltou a derrotar a mesma Argentina de Messi em 2016 também na final da Copa América. Não é engano, foi mesmo assim e com Claudio Bravo em destaque. O guarda-redes do Manchester City susteve em 2015 um penálti - de Banega - e ainda viu Higuaín falhar. Em 2016 a história repetiu--se, voltou a deter um penálti, no caso de Biglia, e viu outra bola sobrevoar a sua baliza. O autor desse disparo falhado pertenceu a Lionel Messi, na altura companheiro do guarda-redes no Barcelona.

Mas nesta quarta-feira, Bravo foi ainda mais longe. Os três penáltis falhados por Portugal - Ricardo Quaresma, João Moutinho e Nani - só não entraram porque o guarda-redes chileno se atravessou no caminho.

E a verdade é que Portugal nem é propriamente uma equipa com má sina neste tipo de desempate. Aliás, da última vez que teve de resolver assim uma eliminatória, a única no consulado Fernando Santos, afastou a Polónia, em Marselha, nos quartos-de-final do Euro 2016, com Ricardo Quaresma a apontar o penálti decisivo já depois de Rui Patrício, que ontem foi sempre enganado pelos chilenos, ter defendido um remate.

Se analisarmos todas as vezes em que Portugal teve de decidir uma eliminatória através das grandes penalidades, o balanço (ver quadro) continua a ser positivo com três vitórias e duas derrotas. Portugal, em duas fases finais consecutivas e sempre com Ricardo na baliza e Scolari no banco, eliminou a Inglaterra. Referimo-nos ao Euro 2004 e Mundial 2006.

Só seis anos mais tarde, no Euro 2012 e já com Rui Patrício como titular da baliza nacional, Portugal conheceria pela primeira vez um amargo de boca causado pelos penáltis. A responsável seria a poderosa Espanha, que voltaria a sagrar-se campeã europeia, depois de mandar para casa a equipa então orientada por Paulo Bento.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt