Portugal corta na ajuda aos países mais pobres

Em Portugal, tal como acontece por toda a Europa, os cortes na ajuda aos países mais pobres acontecem pelo segundo ano consecutivo. Os cortes orçamentais ao longo dos dois últimos anos tem afetado também a ajuda internacional aos países em desenvolvimento, como refletem os dados apresentados oficialmente, ontem, pela OCDE.
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Como sublinha a AidWatch, uma iniciativa de monitorização da Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD) da responsabilidade CONCORD (Confederação Europeia das ONGD de Desenvolvimento e Ajuda Humanitária que a Plataforma Portuguesa das ONGD integra), esta redução dos fundos disponibilizados ocorre apenas pela segunda vez desde 1997 e coloca em risco o apoio sustentável dado a milhões das pessoas mais desfavorecidas de todo o mundo.

Portugal, por estar entre os países europeus mais atingidos pelos efeitos da crise financeira, é dos países da União Europeia que reduziu de forma acentuada na Ajuda Pública ao Desenvolvimento.

Em Portugal, a APD nacional desceu 13,1% face a 2011, situando-se em 2012 nos 567 milhões de dólares, contra os 708 milhões registados no ano anterior.

O arrastar do processo de revisão da Estratégia da Cooperação Portuguesa, que deveria actualizar o Documento de Visão Estratégica de 2005, tem criado também dificuldades a todas as entidades que estão envolvidas na Cooperação Portuguesa. Os cortes orçamentais neste sector, no caso das verbas públicas canalizadas através de ONGD foram de 57%.

Alguns dos maiores cortes ocorreram em Espanha, que em 2012 reduziu em quase 50% a sua APD.

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