Recorde. Portugal com 10556 casos e 156 mortes nas últimas 24 horas
Portugal bate recorde de mortes por covid -19 pelo terceiro dia seguido, quando se prepara para um novo confinamento geral. Nas últimas 24 horas morreram mais 156 pessoas (67 na região de Lisboa), segundo os dados do boletim epidemiológico da Direção-geral da Saúde (DGS) desta quarta-feira (13 de janeiro). Seis óbitos por hora é a média assustadora do último dia.
A semana começou com 122 óbitos diários (segunda-feira) e passou para 155 mortes na terça-feira. Número hoje superado, por um óbito. O máximo de mortes diárias registado no ano passado foi de 98.
Nas últimas 24 horas, o país também registou um novo máximo de casos diários, passando a barreira dos 500 mil infetados. Segundo os dados do boletim epidemiológico há mais 10 556 casos de covid-19 em Portugal.
Depois de uma redução progressiva no fim de semana, na segunda-feira foram reportados 5606 novos casos, número que subiu para 7259 na terça-feira e disparou para cima de 10 mil infeções esta quarta-feira. É a segunda vez que tal acontece desde março de 2020. O anterior recorde era de 10176 casos, de oito de janeiro.
No total, o país já confirmou 507 108 casos - 80% nas regiões Norte (242 209) e Lisboa e Vale do Tejo (167 547) - e 8236 mortes desde o início da pandemia. Desde terça-feira mais 4440 doentes com covid-19 recuperaram, aumentando para 382 544 o número total de recuperações. Há ainda 116 328 casos ativos em Portugal (mais 5940 do que na véspera) e 130 887 contactos em vigilância.
O número de internados também subiu e fixou novo máximo. Há agora 4240 pessoas internadas (mais 197 do que na terça-feira), das quais 596 estão em unidades de cuidados intensivos (menos três do dia anterior). É a primeira descida no número de doentes em UCI em 11 dias.
Segundo os dados da DGS, 70,3% dos novos casos registados estão nas regiões do Norte (3628 e 36 mortes) e de Lisboa e Vale do Tejo (3793 e 67 mortes). Seguem-se a região Centro (2136 e 36 mortes), o Alentejo (475 e 11 mortes), o Algarve (411 e seis mortes). Os Açores reportaram 69 novas infeções e a Madeira 44, ambos sem óbitos.
Portugal registou pelo menos 72 casos de contágio pela nova variante do SARS-CoV-2, segundo o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), que os identificou em 28 concelhos.
O INSA, que já analisou 2342 sequências do genoma do SARS-CoV-2 a partir de amostras recolhidas em pessoas infetadas, detetou "38 novas sequências da nova variante" em amostras recolhidas nos aeroportos de Lisboa e Porto e junto de todas as regiões de saúde do país, exceto da Madeira.
"Até ao momento, foram detetados em Portugal um total de 72 casos de infeção associados a esta nova variante, distribuídos pelas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores e por 10 distritos de Portugal continental, num total de 28 concelhos", refere o Instituto.
O Governo aprova esta quarta-feira as medidas de confinamento geral. A reunião do Conselho de Ministros terá lugar após a Assembleia da República ter debatido e aprovado o projeto de decreto presidencial que modifica e renova o estado de emergência em Portugal, com efeitos a partir desta quinta-feira e até 30 de janeiro.
Em relação às medidas que deverão ser impostas pelo Governo, é quase certo que volte a fechar a restauração e o comércio em geral - a exceção será o ramo alimentar -, tal como aconteceu no primeiro confinamento, mas subsiste a dúvida se, no setor da educação, vão continuar as aulas presenciais no terceiro ciclo e no ensino secundário, apesar do ministro da Educação defender as aulas presenciais e escolas abertas.
Este diploma do Presidente da República, salvaguarda a livre deslocação dos cidadãos para o exercício do voto nas eleições presidenciais e prevê a votação nos lares de idosos. Entre outras novidades introduzidas, permite impor testes de diagnóstico do novo coronavírus, ou o confinamento compulsivo de pessoas para a entrada em Portugal, assim como admite medidas de controlo de preços e a limitação de taxas de serviço e comissões cobradas por plataformas de entregas ao domicílio.