Internamentos voltam a subir em dia com 1023 novos casos

Segundo o boletim da DGS deste domingo, registaram-se 5 mortos e 1023 novos casos nas últimas 24 horas. Há, neste momento, 341 pessoas internadas, das quais 64 em unidades de cuidados intensivos.
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Nas últimas 24 horas, morreram em Portugal mais 5 pessoas e foram registados 1023 novos casos de covid-19, de acordo com o boletim da Direção-geral da Saúde divulgado este domingo.

Há também a registar mais 341 pessoas internadas (mais 18 em relação a sábado), 64 das quais internadas em unidades de cuidados intensivos (mais duas que nas últimas 24 horas).

Lisboa e Vale do Tejo é a região do país com mais mortos (2), sendo que a região Centro, o Alentejo e os Açores não registaram qualquer óbito.

No que diz respeito a novos casos, Lisboa e Vale do Tejo é também onde se regista uma maior subida nas últimas 24 horas (mais 410 casos), seguida da região Centro (231) e da região Norte (224).

Desde o início da pandemia, Portugal já tem a lamentar 18 203 mortes devido à covid-19 e 1 097 557 casos confirmados.

Na terça-feira, a filha de Maria Antónia, de 82 anos, levou-a ao centro de vacinação do Estádio Universitário, em Lisboa, para que esta fosse vacinada com o reforço para a covid-19 e contra a gripe, tal como tinha sido marcado por SMS, e aceite por elas. Como tinha marcação, a filha pediu apenas duas horas no trabalho para ajudar a mãe a executar esta tarefa, mas acabou por levar mais de quatro até que a pode levar de regresso a casa. Segundo contou ao DN, "o centro de vacinação estava cheio de idosos, como a minha mãe, mas também de jovens, que percebi que tinham feito os 12 anos e iam ser vacinados pela primeira vez e ainda com pessoas que tinham sido infetadas e que iam receber a única dose".

A filha de Maria Antónia não se queixa tanto do tempo que perdeu, porque, diz, "percebia-se que havia poucos profissionais para tanta gente. Era uma confusão, mas podiam dar alguma informação a quem ali estava. Se havia gente a mais, reagendavam".

A questão é que a marcação é feita pelos serviços centrais, quem está nos centros de vacinação não pode remarcar as pessoas, e, neste momento, tanto os jovens que completam os 12 anos como os infetados que têm de levar a dose única podem aparecer sem agendar, ao abrigo da modalidade "casa aberta". E, depois, confirmou ao DN fonte da área da enfermagem nesta região, "quando temos pessoas a mais tentamos resolver a situação, mas não é fácil gerir as sensibilidades. Refilam connosco e uns com os outros. Mas se há dias que temos pessoas a mais, outros temos a menos, porque faltam às convocatórias".

A mesma fonte não considera que o processo esteja atrasado ou que algo tenha mudado com o fim da task force, porque "quem está a gerir os centros de vacinação, são as mesmas pessoas. O que se passa é que agora temos de fazer a vacina de reforço contra a covid-19, muitas vezes em simultâneo com a da gripe, outras vezes só a da gripe, porque há quem ainda não tenha completado os seis meses após as duas tomas. Este sistema ainda faz muita confusão às pessoas. Se calhar, a mensagem não tem passado, porque há quem não queria apanhar as duas ao mesmo tempo, acha que faz mal. Depois, há dias em que damos só o reforço, porque não temos para a gripe, e as pessoas não percebem porque têm de voltar para apanhar a da gripe".

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