Portugal com o menor número de internados desde janeiro
O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) indica que há mais 12 234 casos de covid-19 em Portugal. Foram também confirmadas, em 24 horas, 30 mortes associadas à infeção por SARS-CoV-2, segundo o relatório desta quinta-feira (3 de março).
No que diz respeito às novas infeções, Lisboa e Vale do Tejo foi a região com maior número de casos, com 4293, seguido por Centro (2812), Norte (2128), Alentejo (1025), Algarve (836), Madeira (637) e Açores (503).
Lisboa e Vale do Tejo foi igualmente a região com mais óbitos, totalizando 11 nas últimas 24 horas, seguido pelo Norte (8), Centro (7), Algarve (2), Alentejo (1) e Açores (1).
Em relação à situação nos hospitais, os dados atualizados mostram que há agora 1300 internados (menos 100 que no dia anterior), dos quais 90 estão em unidades de cuidados intensivos, precisamente o mesmo número de ontem. Refira-se que este é o número mais baixo de internamentos desde o dia 8 de janeiro, quando se registaram 1251.
Há mais 11 726 pessoas que recuperaram da infeção.
Portugal tem, atualmente, 474 019 casos ativos de covid-19, mais 478 que no dia anterior, refere ainda o boletim da DGS.
Também esta quinta-feira, o diretor de Medicina Intensiva do Hospital de São João, no Porto, afirmou que "faz sentido" regressar à normalidade, mas a máscara "deve ser a última a cair", e alertou que "endemia" e "benignidade" não são sinónimos.
"Regressar à vida económica e social faz sentido e é preciso. Precisamos nós e precisa o país, mas para voltar [à normalidade] não devemos mudar tudo ao mesmo tempo. A máscara deve ser a última coisa a cair", defendeu José Artur Paiva, em entrevista à Lusa, a propósito dos dois anos do aparecimento da covid-19 em Portugal.
Para o co-coordenador da Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva para a covid-19, é claro que o país está "a entrar numa fase que se pode designar de endemia", mas a palavra "endemia" não deve ser confundida com "benignidade", nem se deve perder a noção de que a realidade mundial é diferente.
"Neste contexto [europeu] muito particular é possível dizer que estamos a entrar numa fase de endemia. Mas não podemos dizer que estamos em endemia à escala mundial. Não podemos achar que à escala do nosso relacionamento internacional estamos em endemia. Estar em endemia não quer dizer que as novas variantes sejam benignas e que a doença vai evoluir para benignidade", sublinhou.