Goleada das antigas na noite dos estreantes e com CR7 a picar o ponto

A seleção nacional venceu Andorra por 7-0, numa partida em que os estreantes Paulinho e Pedro Neto marcaram e na qual Ronaldo alcançou os 102 golos com as quinas ao peito.
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Sete golos, 81% de posse de bola 14 remates enquadrados com a baliza e nenhum remate concedido. Este é o resumo estatístico de uma goleada anunciada de Portugal sobre Andorra por 7-0, num particular realizado no Estádio da Luz.

Naquela que foi a décima vez que a equipa das quinas marcou sete ou mais golos num só jogo, Fernando Santos deve ter ficado feliz com a excelente estreia dos três estreantes, com destaque para Paulinho (dois golos) e Pedro Neto que abriu o marcador. A segunda parte serviu para acentuar as diferenças, ainda mais com a entrada de alguns pesos pesados, entre os quais Cristiano Ronaldo que revelou um estranho desacerto na finalização, tendo apenas conseguido um golo, 102.º ao serviço da equipa nacional.

Um jogo entre Portugal e Andorra é sempre uma espécie de duelo entre David e Golias, tão grande é a diferença de qualidade individual e coletiva entre as duas seleções, afinal a equipa das quinas ocupa o quinto lugar do ranking da FIFA, enquanto os andorrenhos estão na posição 145 e os seus jogadores que jogam fora do campeonato interno competem, na grande maioria, em divisões secundárias de Espanha.

Era pois previsível que desde o primeiro minutos se assistisse a um jogo de sentido único e apenas disputado no meio campo de Andorra. Assim foi. E foram raras as aparições junto da área portuguesa.

Este foi um cenário perfeito para Fernando Santos lançar de início um onze formado por jogadores menos utilizados e com três estreantes absolutos na principal equipa das quinas: Domingos Duarte, Pedro Neto e Paulinho. O selecionador nacional atingiu os 47 jogadores lançados desde que assumiu funções em 2014.

Um deles, Pedro Neto tornou-se no primeiro futebolista nascido no ano 2000 a representar a principal equipa das quinas e o que se pode dizer é que esta foi uma noite que o jogador do Wolverhampton jamais irá esquecer, afinal foi ele a ter as honras de abrir o marcador logo aos nove minutos.

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Era a noite dos estreantes, afinal passados 20 minutos Paulinho fazia o segundo golo da equipa das quinas. O avançado bracarense tinha também uma estreia de sonho e pela primeira vez, desde 1949, que a equipa das quinas tinha dois jogadores estreantes a marcar na mesma partida.

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O intervalo chegou com 75% de posse de bola para Portugal, várias oportunidades para marcar, mas apenas dois golos marcados.

Fernando Santos queria mais para a segunda parte. Depois de dar rodagem aos menos utilizados na seleção, havia um objetivo a cumprir: permitir a Cristiano Ronaldo fazer alguns golos que lhe permitam chegar perto do recorde de jogador com mais golos em seleções. O iraniano Ali Daei ocupa esse trono com 109 golos e CR7 chegava a este jogo com 101.

Além do número 7 entrava também Bernardo Silva, dois pesos pesados que iriam acentuar o desgaste dos andorrenhos, cujo campeonato nacional ainda não começou, para assim alcançar a goleada, mais do que previsível.

Só que a segunda parte revelou um Ronaldo perdulário, tantas e tão boas oportunidades desperdiçadas em frente ao guarda-redes Josep Gomes. Contudo, foi a passe de CR7 que Renato Sanches abriu o caminho da baliza na segunda parte.

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Pouco depois, aproveitou Paulinho que se despediu da primeira internacionalização com o seu segundo golo, tornando-se o sexto jogador da história da equipa das quinas a marcar dois ou mais golos na estreia, igualando Pepe (1927), João Cruz (1938), Ben David (1950), Francisco Palmeiro (1956) e Rúben Micael (2011).

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Paulinho deu o lugar a João Félix, mais um peso pesado para ajudar CR7, mas foram Renato Sanches e Bernardo Silva, com a ajuda de um defesa, a aumentarem para 5-0. Enquanto isso, Ronaldo esboçava um sorriso irónico por tanto desperdício.

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Acabou por assinar o ponto aos 85 minutos, com um potente cabeceamento na pequena área, que lhe permitiu chegar aos 102 golos com as quinas ao peito, deixando Ali Daei a sete de distância.

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Não demorou muito até João Félix a fechar o marcador numa partida sem história, tão grande era a diferença entre as duas equipas.

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Seguem-se os duelos decisivos para o apuramento para a Liga das Nações, no sábado, outra vez na Luz, com a França, no qual uma vitória garante de imediato o acesso à fase final para defender o troféu conquistado em 2019. E na terça-feira na Croácia, que será a última oportunidade para carimbar o apuramento, se não for alcançado diante dos franceses.

FICHA DO JOGO

Estádio da Luz, em Lisboa
Árbitro: Alain Bieri (Suíça)

Portugal - Anthony Lopes; Nélson Semedo, Rúben Semedo, Domingos Duarte, Mário Rui; João Moutinho (Danilo Pereira, 74'), Sérgio Oliveira (Bernardo Silva, 46'), Renato Sanches (William Carvalho, 63'); Francisco Trincão (Diogo Jota, 74'), Paulinho (João Félix, 63'), Pedro Neto (Cristiano Ronaldo, 46')
Selecionador: Fernando Santos

Andorra - Josep Gomes; Jordi Rubio, Adrià Rodrigues, Emili Garcia, Marc Rebés (Albert Alavedra, 59'), Marc Garcia (San Nicolás, 46'); Cristian Martínez (Alex Martínez, 69'), Marc Pujol (Sergi Moreno, 80'), Joan Cervós (Ludovic Clemente, 69'); Márcio Vieira (Jordi Aláez, 59'), Aarón Sánchez
Selecionador: Koldo Álvarez

Golos: 1-0, Pedro Neto (9'); 2-0, Paulinho (29'); 3-0, Renato Sanches (56'); 4-0, Paulinho (61'); 5-0, Emili García (76 pb); 6-0, Cristiano Ronaldo (85'); João Félix (88')

FILME DO JOGO

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