O ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, disse esta segunda-feira que a chegada a Lisboa de 24 cidadãos yazidis eleva para 1150 o número de refugiados acolhidos por Portugal no âmbito dos programas de recolocação da UE..O governante falava aos jornalistas no aeroporto de Lisboa, momentos após reunir com o grupo de refugiados yazidis vindos da Grécia - depois de terem fugido da perseguição do Estado Islâmico no Iraque - e que ainda esta tarde vão ser instalados em Guimarães..Eduardo Cabrita adiantou que há um outro grupo de 91 refugiados yazidis na Grécia que já manifestaram "opção de recolocação em Portugal" e deverão chegar em abril, sendo acolhidos em Lisboa..[artigo:5708001].Eduardo Cabrita, acompanhado pela vereadora de Ação Social da autarquia de Guimarães, frisou que os refugiados são cidadãos livres e que Portugal "não terá nenhuma estratégia que leve a qualquer limitação da sua liberdade de circulação".."Temos um processo [de recolocação de refugiados] que é considerado uma referência no quadro europeu e da ONU", sublinhou Eduardo Cabrita, deixando ainda uma garantia: "Não temos em Portugal campos de refugiados, nunca os iremos ter."."Temos um profundo envolvimento das comunidades locais, das estruturas da sociedade civil", de organismos ligados às igrejas e ainda nove dezenas de municípios que "decidiram participar neste esforço nacional" de acolhimento, realçou o ministro Adjunto..Eduardo Cabrita salientou ainda ter sido objetivo do Governo que "ficasse no berço da nacionalidade o primeiro grupo" de cidadãos yazidis "que desejou vir para Portugal"..Paula Oliveira, vereadora da Ação Social da câmara de Guimarães, assegurou estar "tudo preparado" para "fazer com que [os yazidis] se sintam em sua casa, em segurança e felizes"..Os 24 yazidis vão residir em habitações existentes na cidade e arredores, devidamente preparadas, e vão reunir-se regularmente nos diversos "momentos culturais e de convívio" organizados pela autarquia com o apoio do Conselho Português para os Refugiados e outras entidades locais..Sobre o grupo de 43 refugiados acolhidos em Guimarães há cerca de um ano, Paula Oliveira frisou que todos são "cidadãos livres" e duas dezenas deles "abandonaram voluntariamente" o projeto