Portas distingue plafonamento moderado na Segurança Social do radical PS
O presidente do CDS-PP distinguiu hoje a opção da coligação de plafonamento das contribuições para a Segurança Social do radicalismo da proposta socialista, na apresentação do programa eleitoral para as legislativas de 04 de outubro, em Lisboa.
Com a garantia de que "Agora Portugal Pode Mais" - palavras projetadas em grandes dimensões nas suas costas -, Paulo Portas defendeu que as ideias do PS podem vir a causar "um problema abruto e radical nas atuais contribuições" e, consequentemente, "um problema não confessado no pagamento das atuais pensões".
"Há moderação no programa da coligação, que contrasta com o radicalismo de certas soluções que já conhecemos por parte do maior partido da oposição", afirmou, referindo-se à baixa na Taxa Social Única (TSU) para os trabalhadores proposta pelos socialistas quando comparada com o plafonamento para gerações mais jovens avançado hoje no programa da coligação Portugal à Frente, num hotel da renovada parte oriental da capital.
Antes do discurso do primeiro-ministro e número um da lista pelo círculo Lisboa, Pedro Passos Coelho, o n.º 2 por Lisboa, Paulo Portas sublinhou que o país tem agora "menos ativos para financiar mais pensões, felizmente, por mais anos porque a esperança de vida aumentou", frisando que "a proposta do PSD/CDS é moderada e é centrada".
"O PS quer, na prática, um plafonamento obrigatório. Nós seguimos o caminho de uma limitação contributiva voluntária. O PS muda completamente as regras dos atuais trabalhadores. Nós queremos dar um importante sinal para o futuro. O PS não admite qualquer liberdade de escolha. Nós achamos que o trabalhador tem direito a fazer opções sobre as suas poupanças e programação de velhice. O PS causa um enorme problema à sustentabilidade. Nós evitamos que esse problema aconteça", declarou Portas.
Nos mesmos tons laranja e azul, o ecrã gigante atrás de Portas reproduzira várias promessas: "Crescimento Económico e Emprego", "Acesso à Saúde", "Combate às Desigualdades", "Qualidade na Educação" e "Equilíbrio Demográfico".
O vice-primeiro ministro louvou "o caminho que o país fez, o ganho que já conquistou e o futuro que tem nas mãos", incitando as centenas de pessoas presentes na cerimónia: mãos à obra, vamos ganhar!".