Poluição de incêndio em Setúbal chegou a Matosinhos

Esta tarde, os níveis de dióxido de enxofre voltaram a aumentar perto do local do incêndio e na zona de Setúbal, depois de terem estado durante a manhã mais próximos da normalidade
Publicado a
Atualizado a

A pluma de poluição originada pelo incêndio num depósito de enxofre nas instalações da SAPEC em Setúbal, na terça-feira, chegou a Matosinhos ao início da tarde, mostram os dados das estações de monitorização da rede oficial de qualidade do ar.

Os dados foram recolhidos pelo Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente da Faculdade de Ciências da Universidade Nova de Lisboa e do Centro de Investigação em Ambiente e Sustentabilidade.

"De acordo com a observação de dados, a primeira estação a ser cruzada pela pluma de poluição foi a estação de monitorização de Alverca, onde foi detetada pelas 8h da manhã, com um pico de concentração entre as 10h e as 11h (de 400 µg/m3)", pode ler-se no comunicado.

Depois foi a estação de Chamusca com valores mais elevados pelas 9h da manhã e com concentrações elevadas ao longo do dia com um pico às 16h. A pluma de poluição atingiu "Ílhavo pelas 11h/12h e Matosinhos cerca 13h/14h, com concentrações sucessivamente decrescentes".

No entanto, os valores registados nestas estações ficaram abaixo do limiar de alerta para as concentrações de dióxido de enxofre, que é de de 500 µg/m3 durante pelo menos três horas consecutivas.

[artigo:5667880]

Já nas zonas próximas do incêndio, nomeadamente em Faralhão, a Norte da Península de Mitrena em Setúbal e durante o incêndio, quando a Proteção Civil recomendou à população que ficasse casa, deverão ter sido atingidas concentrações muito superiores aos 500 µg/m3 durante algumas horas.

Esta quarta-feira, as concentrações foram elevadas durante a madrugada na zona da Área Metropolitana de Lisboa Sul, e os níveis de dióxido de enxofre estavam a regressar à normalidade, mas a situação já voltou a piorar durante a tarde.

A Direção-Geral de Saúde aconselhou a população a proteger-se, uma vez continua a ser libertado dióxido de enxofre nas instalações da SAPEC.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt