Polícias militares decidem continuar em greve na Baía
A greve de polícias militares em Salvador da Baía vai continuar. A decisão foi tomada após a desocupação do edifício da Assembleia Legislativa, onde os manifestantes estavam acampados desde a semana passada.
Uma nova reunião foi marcada para as 16:00 locais (18:00 em Lisboa). Os manifestantes esperam que, nessa altura, o Governo já tenha lançado uma contrapartida para o fim da paralisação.
Os grevistas recusaram a proposta feita até ao momento: um reajuste salarial de 6,5%.
Na manhã desta quinta-feira, o movimento perdeu dois dos elementos, que foram presos ao deixarem o edifício onde estavam acampados. Na terça-feira o governo passou o dia em negociações com os polícias, mas a reunião foi suspensa após terem sido emitidos mandados de captura contra 12 grevistas. O líder dos manifestantes, Marco Prisco, foi um dos homens detidos e já tinha ameaçado que ninguém voltaria ao trabalho antes de ser decretada uma amnistia geral.
Contudo, a Presidente brasileira, Dilma Rousseff, já se manifestou contra essa possibilidade: "Por reivindicação, não acho que as pessoas tenham de ser presas, nem de ser condenadas. Agora, por atos ilícitos, por crimes contra o património, crimes contra as pessoas e crimes contra a ordem pública não podem ser amnistiados", afirmou Dilma durante uma visita a Pernambuco.
A saída dos manifestantes do edifício da Assembleia Nacional aconteceu depois de o Jornal Nacional, da Globo, ter divulgado conversas gravadas entre os líderes grevistas, nas quais mostravam vontade de realizar atos de vandalismo