Polícia prende seis membros da maior milícia do Rio de Janeiro
Segundo o portal de notícias G1, foram presos elementos da milícia Bonde do Ecko, que seria uma ramificação da milícia Liga da Justiça, a maior e mais antiga do Estado. Entre os detidos, encontra-se um Polícia reformado.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) informou que a operação ocorreu depois de a Justiça autorizar a prisão, o bloqueio e o arresto de bens de empresas ligadas ao grupo criminoso que terão sido usadas para a prática de branqueamento de capitais.
"A operação para cumprimento de mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra sete denunciados pelos crimes de organização criminosa e branqueamento de capitais, constatados a partir da verificação de inúmeras operações financeiras irregulares realizadas por pessoas físicas e jurídicas integrantes da chamada Liga da Justiça", frisou o MPRJ.
Asautoridades judiciais também informaram que possuem indícios de que os denunciados terão movimentado de forma ilícita mais de 10 milhões de reais (2,3 milhões de euros).
O grupo investigado começou por atuar apenas na Zona Oeste do Rio de Janeiro, mas acabou por se expandir para as cidades da Bixada Fluminense. As autoridades apontam Wellington da Silva Braga, ou Ecko, como chefe do grupo. Além de branquear dinheiro ilegal, esta milícia é suspeita de estar ligada a diversos homicídios desde a década de 1990.
Os seis detidos foram Carla dos Santos Alves da Silva, Clayton da Silva Novaes, Fabiana Castilho Alves Duque, Jenilson Simões Gonçalves, Márcio Jacob Hessel e Sideni Coutinho Perrut. Luís António da Silva Braga, irmão de Ecko e conhecido como Zinho, continua a ser procurado pelas autoridades.
No cenário brasileiro, as milícias são organizações criminosas compostas por polícias, militares e bombeiros, reformados ou no ativo, que oferecem segurança às populações e comerciantes das zonas onde atuam, em troca da cobrança de taxas, do monopólio de prestação de determinados serviços e bens, como a venda de gás, água e internet.