Canhões de água e gás lacrimogéneo contra manifestação anti-Dilma

Manifestantes pedem demissão de Dilma. Há mais protestos esta tarde. E Lula promete vir para as ruas
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A polícia militar brasileira interveio esta manhã na Avenida Paulista, em São Paulo, para fazer dispersar os manifestantes que prometiam permanecer no local até que a presidente Dilma Rousseff fosse destituída ou renunciasse ao cargo.

Os agentes recorreram a gás lacrimogéneo e a canhões de água perante a recusa dos manifestantes em abandonar o local, avança a Folha de São Paulo. A manifestação acabou por dispersar e os participantes foram encaminhados para outras vias próximas, onde alguns se mantiveram. Não houve detidos.

Para esta sexta-feira está marcado, em São Paulo, um ato de defesa de Dilma Rousseff, organizado pelo PT, e que deverá contar com a presença de Lula da Silva, que ontem viu suspensa a tomada de posse como ministro da Casa Civil. O evento está previsto para as 16:00 (mais três horas em Lisboa) e, caso se confirme a presença do antigo Presidente, as autoridades esperam um adensar dos confrontos, já que estarão em São Paulo vários grupos de manifestantes em oposição, pró-impeachment de Dilma e contra o governo.

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Para esta tarde estão ainda marcadas manifestações em vários pontos do Brasil em defesa do ex-chefe de Estado Lula da Silva, que está a ser investigado no caso de corrupção na petrolífera estatal Petrobras, tendo sido acusado formalmente de crimes de branqueamento de dinheiro e falsificação de documentos.

Com a nomeação para ministro da Presidência, o ex-Presidente brasileiro passa a gozar de alguma imunidade jurídica, com as investigações a poderem apenas ser conduzidas pelo Supremo Tribunal.

Uma decisão judicial determinou quinta-feira a suspensão cautelar da sua nomeação, mas, mais tarde, a decisão foi anulada por outra instância.

O ex-Presidente ainda não pode, porém, exercer as funções do cargo porque, entretanto, uma juíza do Rio de Janeiro aceitou outro pedido apresentado para anular a sua nomeação.

Com Lusa

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