Polícia de Las Vegas reabre o caso da alegada violação de Ronaldo

A queixosa, a professora Kathryn Mayorga, concedeu uma entrevista à Der Spiegel na qual dá mais pormenores. Editor da revista mostra documento da queixa da norte-americana na Polícia de Las Vegas, que, nas últimas horas, tomou uma decisão.
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A Polícia de Las Vegas anunciou na noite desta segunda-feira, em forma de comunicado, que reabriu o caso da suposta violação de Ronaldo em 2009 a uma cidadã norte-americana, Kathryn Mayorga.

"A Polícia Metropolitana de Las Vegas respondeu a uma denúncia de agressão sexual em 13 de junho de 2009. No momento em que a denúncia foi feita, a vítima não forneceu aos detetives a localização do incidente ou a descrição do suspeito. Um exame médico foi realizado. A partir de setembro de 2018, o caso foi reaberto e nossos detetives estão a acompanhar as informações fornecidas pela vítima. Esta é uma investigação em evolução e mais nenhum detalhe será dado neste momento".

O caso foi tornado público pela Der Spiegel, que terá tido acesso a novos elementos sobre a situação. Mayorga, professora de 34 anos, deu uma entrevista à revista alemã, citada pelo The Guardian, na qual explicou que Ronaldo a terá forçado a fazer sexo na casa de banho da sua suite no hotel, apesar de a norte-americana dizer repetidamente que não queria.

"Ele pediu-me para lhe tocar no pénis por meio minuto. Eu ria e pensava se aquilo era uma piada. Este homem que é super famoso e desejado por tantas mulheres... afinal não passa de um retardado e de um idiota. Depois de me ter agredido não me deixou sair, não me deixou sair", acusou Kathryn Mayorga, falando à revista alemã.

Mayorga apresentou queixa na polícia no dia seguinte ao ocorrido mas sem dizer o nome do agressor. E só três meses depois, tempo que demorou a recuperar psicologicamente, afirma, é que indicou o nome de Ronaldo.

O assunto, depois da queixa de Kathryn Mayorga, foi resolvido entre advogados com Ronaldo a assumir uma indemnização à professora no valor de 300 mil euros para, supostamente, comprar o silêncio, no entanto esse montante, proveniente das Ilhas Virgens Britânicas, não terá sido pago na íntegra.

O madeirense negou as acusações, alegando sexo consensual, mas Mayorga garante que numa das alíneas do acordo Ronaldo admitia a culpa.

O português chegou a catalogar o artigo jornalístico da Der Spiegel como fake news (notícias falsas) mas nas últimas horas o editor de Desporto da Der Spiegel fez mais revelações sobre tudo o que rodeia este caso, mostrando, inclusivamente, um documento que garante ser a queixa de Kathryn Mayorga (o último tweet que reproduzimos em baixo).

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