Polícia de Israel investiga violação de jovem de 16 anos por 30 homens

Caso ocorrido num hotel de Eilat está chocar Israel, com o primeiro-ministro Netanyahu a prometer justiça. Dois homens, na casa dos 20 anos, foram já detidos por violarem a adolescente. Negam crime: confessaram que houve sexo mas consentido.
Publicado a
Atualizado a

A polícia de Israel está a investigar uma suposta violação coletiva de uma jovem de 16 anos num hotel na cidade turística de Eilat. Duas pessoas já foram detidas e um dos suspeitos admitiu que 30 homens fizeram sexo com a adolescente, mas negou que houvesse violação, segundo relatos da imprensa local, citada pela BBC.

Os homens são acusados de violar a adolescente numa altura em que a jovem estava sob o efeito de álcool. Depois da violação, um dos homens terá contactado a adolescente. Disse-lhe que tinha filmado e perguntou se queria o vídeo, segundo contou a rapariga.

A vítima tem recebido apoio da sociedade israelita. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu comentou o alegado crime e pediu que os responsáveis sejam "levados à justiça".

"Isto é chocante, não há outra palavra. Não é apenas um crime contra a menina, é um crime contra a própria humanidade que é digno de toda condenação", escreveu Netanyahu no Twitter esta quinta-feira.

A adolescente apresentou queixa à polícia na sexta-feira passada. De acordo com relatos da imprensa de Telavive, a jovem foi a Eilat no início deste mês com uma amiga e encontrou-se depois com um grupo de conhecidos dela. Todos saíram para beber juntos antes de voltar para um hotel, onde os homens terão violado a jovem, um após o outro.

As autoridades afirmam que a amiga da adolescente tentou ajudá-la, mas não conseguiu impedir os homens.

As identidades dos dois suspeitos detidos não foram divulgadas, mas relatos da comunicação social local apontam que que são israelitas com idades na casa dos 20 anos.

Um deles foi preso depois da polícia encontrar um vídeo da suposta agressão em mensagens entre ele e a adolescente, informou o Times of Israel. O suspeito negou ter comunicado com a rapariga e disse que outra pessoa estava a usar o seu telefone. Mas a jovem denunciou que alguns dos violadores a contactaram a perguntar se queria receber o vídeo do sexo.

O mesmo suspeito disse à polícia que mais de 30 pessoas estiveram envolvidas no incidente, mas que as imagens das câmaras de segurança provariam que foi consensual.

O ministro da Defesa, Benny Gantz, também condenou o alegado ataque. "A investigação policial ainda está em curso, mas é importante que eu transmita uma mensagem àqueles que participaram ou testemunharam este caso ou outros: A única coisa que provaram é a depravação de alma de que são capazes" tuitou o governante.

No ano passado, uma britânica de 19 anos alegou que tinha sido violada por 12 homens israelitas num hotel no Chipre. Mais tarde, foi considerada culpada de mentir sobre ter sido violada e acabou condenada a uma pena suspensa de quatro meses. O caso foi denunciado por grupos de direitos das mulheres.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt