Polícia culpado por planear canibalismo em Nova Iorque

Denunciado pela sua mulher, um agente de polícia de Nova Iorque, nos Estados Unidos, foi considerado culpado hoje por ter planos detalhados para matá-la e sequestrar, torturar, cozinhar e comer outras mulheres.
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Gilberto Valle, de 28 anos, foi preso pelo FBI no ano passado após ser denunciado pela sua esposa. As medidas que ele tinha tomado para concretizar os seus planos foram relatadas durante o julgamento, num tribunal de Manhattan.

A defesa argumentou que era apenas uma fantasia que ele inventou ao navegar por sites de fetiches sexuais. No entanto, a acusação apresentou provas de algumas das mulheres mencionadas nos seus planos foram contactadas por ele.

Outras evidências contra o acusado foram apresentadas em tribunal. Ele teria usado a base de dados da polícia para buscar informações pessoais das suas possíveis vítimas, além de ter mandado mensagens para marcar um encontro com pelo menos uma delas.

Valle também fez buscas na Internet para saber qual o melhor tipo de corda para amarrar pessoas e quais produtos químicos que deixam uma pessoa inconsciente. Alguns dos termos usados nas suas buscas foram "carne humana" e "escravidão branca".

A ex-mulher do agente de polícia, Kathleen Mangan, de 27 anos, testemunhou contra ele. Ela disse ter encontrado emails do ex-companheiro a detalhar os seus planos de cortar a garganta dela e de sequestrar e matar uma das suas amigas.

O promotor Preet Bharara disse à imprensa após o veredito dado pelo tribunal que "um júri unânime percebeu que os planos detalhados e específicos de Gilberto Valle para raptar mulheres com a finalidade de cometer crimes grotescos eram muito reais, e que ele era culpado".

"A Internet é um fórum para a livre troca de ideias, mas não concede imunidade para traçar crimes e tomar medidas para levar a cabo esses atos", acrescentou.

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