Número de mortos no incêndio de Londres sobe para 12. "Difícil contabilizar" desaparecidos
A polícia de Londres confirmou que há pelo menos 12 vítimas mortais no incêndio que deflagrou esta madrugada num prédio de 24 andares da capital britânica, acrescentando que o número deverá aumentar. "É muito, muito difícil dizer um número de pessoas desaparecidas", disse o comandante Stuart Cundy, já que mais de 600 pessoas moravam na torre.
"O número deve subir durante aquela que será uma complexa operação de recuperação que irá prolongar-se por vários dias. Muitas outras pessoas estão a receber assistência hospitalar", tinha dito Cundy anteriormente, quando confirmou a existência de seis mortos.
Um cordão de segurança mantém-se na área e muitos dos residentes nas imediações da Grenfell Tower foram retirados do local, por precaução. Os bombeiros continuam a combater as chamas e a segurança estrutural do edifício está a ser monitorizada para avaliar se existe risco de colapso do prédio.
Pelo menos 74 pessoas foram para os hospitais da capital britânica, entre os quais portugueses: uma família de cidadãos nacionais - duas crianças e dois adultos - que vivia na torre teve de receber assistência hospitalar. As duas meninas, de 11 e 13 anos, estão fora de perigo, embora continuem em observação médica, disse fonte da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas.
Dos feridos, 20 estão em estado grave, informou o diretor de operações do serviço de ambulâncias de Londres. Paul Woodrow revelou ainda que os feridos hospitalizados estão a receber tratamento para ferimentos diversos, bem como para inalação de fumos.
Testemunhas citadas pela imprensa britânica dizem ter visto pessoas presas dentro do edifício em chamas, sem possibilidade de sair, e outros moradores a saltar de janelas ou a tentar sair do prédio usando lençóis para descer, em desespero.
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Vários residentes que conseguiram escapar garantem que não ouviram qualquer alarme de incêndio do edifício, e que escutaram apenas os alarmes de incêndio dos apartamentos. Muitos dizem ter saído de casa apenas porque foram alertadas pelo fumo.
Um grupo de moradores da Grenfell Tower já tinha alertado repetidamente para o risco de incêndio, adianta o The Guardian. Um fogo de grandes dimensões devido a um pico de corrente terá sido evitado por pouco em 2013. A origem do incêndio que deflagrou esta quarta-feira ainda está por apurar.
Muitos moradores apontam que o edifício, que levou obras no ano passado, foi renovado com materiais de menor qualidade e potencialmente inflamáveis.
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Theresa May, a primeira-ministra britânica, já emitiu um comunicado dizendo que está "profundamente triste" pela "trágica perda de vidas" na Grenfell Tower e convocou uma reunião com os responsáveis dos meios de proteção civil para a tarde desta quarta-feira.
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