Poiares Maduro: "Só há uma resposta possível, total solidariedade com a equipa"
"Tenho orgulho em ser do Sporting mas hoje, pela primeira vez, tenho vergonha em ser do mesmo clube de certos adeptos (a confirmar-se, como tudo indica, que se tratam de adeptos do Sporting)." Assim escreve Miguel Poiares Maduro na sua página de Facebook, que autorizou o DN a reproduzir.
O antigo ministro, que esteve oito meses no Comité de Governação da FIFA - do qual foi afastado por ter tentado "mudar processos instalados há décadas" no organismo -, lamenta tudo quanto se passou na Academia de Alcochete nesta tarde, factos que considera pintarem um dia especialmente negro no futebol nacional e, mais além do desporto, para o país.
"Os adeptos que agrediram os jogadores e a equipa técnica não têm lugar no Sporting (nem na proximidade de qualquer estádio de futebol)", escreveu ainda o professor universitário em Florença. E critica a atitude de quem dirige, apelando a que se apurem responsabilidades. "O clube tem de apurar como foi possível deixar os jogadores e técnicos expostos e sem proteção no clima que se vivia e de que forma se permitiu que este clima fosse criado."
"Tenho a certeza que falo pela quase totalidade de adeptos do Sporting quando digo que, depois do que se passou, só há uma resposta possível de todos os verdadeiros sportinguistas: total solidariedade com a equipa, aconteça o que aconteça e seja qual for o resultado de domingo." Para Poiares Maduro, trata-se da "única resposta moral possível, independentemente de qualquer juízo desportivo: reiterar a confiança neles e nos técnicos."
E deixa as suas desculpas: "Como adepto do Sporting as minhas desculpas aos jogadores e técnicos agredidos."